São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CONTAS NACIONAIS

Estimativa foi recolhida pelo BNDES em bancos e consultorias

País cresce 1,7% em 2003, vê projeção

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A economia brasileira vai continuar a crescer pouco no ano que vem. Ao menos, o resultado deve ser um pouco melhor que o esperado para este ano. Isso é o que mostram projeções de cinco bancos e consultorias que constam da última "Sinopse Econômica", do BNDES.
A expectativa média é de que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 1,7% no ano que vem. Para este ano, as mesmas instituições que aparecem no relatório do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) projetam, na média, crescimento de 1,4%.
A média das projeções está bem distante das expectativas do principal assessor econômico do PT, Guido Mantega. Na opinião de Mantega, a economia deve crescer entre 2,5% e 3,5% no primeiro ano de gestão do governo petista.
Quem se mostra mais otimista em relação à economia do país no ano que vem é a consultoria Macrométrica. Para a consultoria, o PIB deve crescer 3,1% no próximo ano. Na outra ponta, o banco CSFB Garantia é o mais pessimista e projeta crescimento da economia de apenas 1% em 2003.
Para o câmbio, as instituições não projetam grandes mudanças entre esse e o próximo ano.
Tanto para 2002 quanto para 2003, as estimativas médias são de que o dólar encerre os períodos vendido a R$ 3,50. Ontem a moeda norte-americana encerrou vendida a R$ 3,72.
A taxa básica de juros também não deve sofrer bruscas oscilações, ficando próxima à atual Selic no final de 2003.
Atualmente, a Selic (taxa básica de juros) está em 22% ao ano. Pela média das projeções que aparecem na "Sinopse Econômica", os juros encerram o próximo ano em 20,1% anuais.
Os investimentos estrangeiros diretos (IED) devem seguir em queda no ano que vem. A previsão média é de que o IED recue de US$ 16,4 bilhões neste ano para US$ 13,2 bilhões em 2003.

Comércio externo
O que deve seguir em alta é o superávit da balança comercial (saldo das exportações menos as importações). O Banco Central estima que a balança comercial pode fechar este ano com superávit acima dos US$ 12,5 bilhões. O saldo no ano já supera os US$ 11 bilhões. A projeção média do levantamento da "Sinopse" é de um superávit de US$ 15,4 bilhões no próximo ano.


Texto Anterior: Opinião econômica: Nem Allende nem De la Rúa
Próximo Texto: Bens de capital começa 2003 com queda de 3%
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.