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Telefonia móvel é campeã em reclamações
Empresas de celulares aparecem nas dez primeiras posições em ranking de queixas de consumidores do Procon neste ano
Principais problemas relatados por clientes são produtos entregues com defeito e falta de peças
de reposição e garantia
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pelo segundo ano seguido, a
telefonia celular desponta como campeã no ranking nacional de reclamações dos consumidores. Os dez fornecedores
que lideram as queixas registradas nos Procons neste ano
são todos relacionados ao setor
de telefonia, segundo dados do
Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor.
Das dez, seis são fabricantes
de aparelhos de celular, duas
são operadoras de telefonia
móvel e duas prestam assistência técnica. As empresas, em
ordem de reclamações, são:
BenQ, Nokia, Gradiente, LG, SJ
Comércio e Assistência, Samsung, RG Abreu dos Santos,
TNL (Oi/Telemar), TIM e, em
décimo lugar, Motorola.
O cadastro das reclamações
foi divulgado ontem pelo
DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), que faz parte da estrutura
do Ministério da Justiça. Este é
o segundo ano da publicação do
levantamento. Na lista dos 20
fornecedores que mais receberam reclamações, ainda aparecem duas empresas de telefonia: Brasil Telecom e Vivo.
Os principais problemas levados pelos consumidores aos
Procons se referem a produtos
entregues com danos e defeitos, falta de peças de reposição
e garantia. Essas queixas valem
não só para a telefonia celular
mas para outros setores que foram alvo de reclamações.
Ao todo, os Procons dos 14
Estados que integram o sistema -batizado de Sindec- fizeram, até o final de agosto, 324
mil atendimentos, sendo 54 mil
reclamações consideradas fundamentadas. O Procon-SP ainda não integra o sistema.
A área que mais concentrou
contestação por parte dos consumidores foi a de produtos
(67%), seguida pela de serviços
essenciais -energia, água, telefonia- (13,67%) e a de assuntos
financeiros (13,42%). Telefone,
telefonia celular, aparelho de
DVD e cartão de crédito figuram entre as mais criticadas.
Campeã
Na avaliação de Ricardo Morishita, diretor do DPDC, há
uma preponderância da telefonia móvel nas reclamações dos
consumidores em meio a um
número muito grande e disperso de fornecedores cujos nomes chegam aos Procons. "A
variedade de fornecedores é
muito grande. Então, registrar
6% das reclamações é muito relevante, salta aos olhos", declarou, referindo-se à empresa
campeã do ranking, a BenQ.
Depois dela, a Nokia surge
com 4,49% das queixas e, em
seguida, a Gradiente, com
4,03%. O diretor avalia que o
número elevado de reclamações em relação à telefonia móvel reflete os robustos números
do setor. Em outubro deste
ano, o número de celulares habilitados alcançou a marca de
114 milhões de aparelhos.
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