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BC usa US$ 18 bi das reservas para segurar o dólar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Até a semana passada, o
Banco Central já havia
gasto US$ 18,4 bilhões das
reservas internacionais do
país para tentar conter a
alta do dólar. Desse total,
R$ 11,7 bilhões foram destinados para linhas de crédito para exportadores.
Em setembro, quando a
crise ainda não havia atingido de forma tão intensa
o mercado de câmbio e o
dólar era negociado abaixo
de R$ 2, as reservas do país
estavam em US$ 207 bilhões. Com a atuação do
BC ao longo das últimas
semanas, esse valor havia
se reduzido para US$ 195
bilhões na sexta-feira passada, uma queda de quase
6% em dois meses.
O presidente do BC,
Henrique Meirelles, ressaltou ontem, durante palestra, que os dólares destinados às linhas de crédito para exportação foram
injetados no mercado por
meio de empréstimos concedidos aos bancos. Isso
significa que, quando esses empréstimos forem
quitados, em 2009, os dólares serão devolvidos ao
BC e depositados novamente nas reservas, que
podem voltar a superar a
casa dos US$ 200 bilhões.
Além da injeção de dólares, o BC também tenta
conter a desvalorização do
real por meio das operações de "swap cambial",
contratos negociados com
bancos que equivalem a
uma venda de dólares no
mercado futuro. Desde o
final de setembro, segundo Meirelles, o BC já colocou US$ 31,1 bilhões desse
papel no mercado.
Durante a palestra, o
presidente do BC também
afirmou que a economia
deve crescer menos no
ano que vem, mas evitou
falar em números. "De fato, a crise não é uma coisa
agradável, haverá uma desaceleração da economia
brasileira em 2009. O FMI
fala em 3% [de crescimento do Brasil]. Ainda não fechamos o nosso número,
mas achamos isso um pouco conservador", disse.
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