São Paulo, sábado, 05 de dezembro de 2009

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ANÁLISE

Seca nos empregos pode já ter acabado

FLOYD NORRIS
DO "NEW YORK TIMES"

A paranoia quanto ao nível de emprego está em alta entre os políticos de Washington. A primeira página do "New York Times" de ontem é dominada por uma foto de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve, que proclama: "Agora, os empregos são a questão".
O artigo que acompanha a foto informa que o presidente Barack Obama está em busca de novas ideias para a criação de empregos. Na quinta-feira, ele manteve encontro com vários empresários de grandes companhias, ocasião em pediu ao setor privado norte-americano que volte a contratar.
Os números divulgados ontem sobre o desemprego parecem muito positivos. O índice de desemprego caiu para 10% e apenas 11 mil postos de trabalho foram perdidos em novembro. Como o número de empregos existentes em outubro foi revisado para mais, os indicadores surpreenderam os observadores mais pessimistas.
Na minha coluna "Off the Charts", para a edição de hoje do "New York Times", vou mencionar um indicador econômico que demonstra que o índice de desemprego já chegou ao seu pico.
Quer isso proceda, quer não, acredito que os piores dias estejam perto do fim, no que tange ao emprego, e que não teremos uma recuperação sem criação de empregos.
Por que penso assim? Um motivo é o ritmo abrupto de declínio do nível de emprego durante a recente recessão. (Sim, acredito que ela já tenha chegado ao fim).
Depois da quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, o índice de desemprego subiu no ritmo mais rápido que os Estados Unidos registram desde 1975.
Havia uma sensação próxima ao pânico entre os empregadores do país. Eles temiam que as vendas fossem despencar e que não haveria crédito algum disponível. Por isso, cortaram ao máximo possível os custos de suas empresas. As importações despencaram porque ninguém desejava ampliar estoques. O investimento publicitário caiu abruptamente. E pessoas foram demitidas.
Isso deixou muitas empresas em situação que pode requerer, agora, a contratação de novos trabalhadores o mais rápido possível, mesmo que o índice de crescimento de seus negócios ainda seja pequeno.
Pode me incluir entre os otimistas.


Tradução de PAULO MIGLIACCI


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