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Brasileiro volta após dificuldade com "green card"
DE NOVA YORK
Desde o início de 2008,
Breno Galvão, 33, começou a
ver sinais de que o mercado
de trabalho nos Estados Unidos estava se fechando para
os trabalhadores estrangeiros. Em agosto, resolveu voltar ao Brasil e já está empregado novamente.
Ex-funcionário da Deloitte
em Nova York, uma das 20
empresas com maior número de solicitações de vistos do
tipo H-1B, segundo levantamento da National Foundation for American Policy,
Galvão disse que a decisão foi
pensada ao longo de um ano
junto com a família. As dificuldades para transformar o
visto em uma autorização
permanente de trabalho com
o "green card", o nascimento
da primeira filha e as restrições impostas pelo visto foram suas principais motivações.
Ele trabalhava na área de
processo, riscos e controles e
realizava auditorias de sistemas. Na metade de 2008 foi
informado de que, em razão
da crise e pelo fato de a empresa ter feito uma série de
demissões, os funcionários
em vias de solicitar um
"green card" teriam o pedido
congelado.
O processo para obtenção
do "green card" é complexo.
Em uma das etapas o empregador deve anunciar a vaga
do funcionário em jornais de
grande circulação e somente
se não encontrar candidatos
americanos compatíveis
com o perfil da vaga pode
prosseguir no pedido.
A alternativa era aguardar
a melhora da economia e
buscar oportunidades na
empresa em outros países
para realocação posterior
nos EUA. Mas a crise chegou
à Europa. "Não faria sentido
cumprir mais dois anos de
visto H-1B sem a perspectiva
do "green card" no final."
Ele afirma ainda que as
restrições impostas pelo governo americano para as empresas do setor financeiro
que receberam socorro estatal também dificultaram a
contratação de trabalhadores estrangeiros.
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