São Paulo, sábado, 05 de dezembro de 2009

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Brasileiro volta após dificuldade com "green card"

DE NOVA YORK

Desde o início de 2008, Breno Galvão, 33, começou a ver sinais de que o mercado de trabalho nos Estados Unidos estava se fechando para os trabalhadores estrangeiros. Em agosto, resolveu voltar ao Brasil e já está empregado novamente.
Ex-funcionário da Deloitte em Nova York, uma das 20 empresas com maior número de solicitações de vistos do tipo H-1B, segundo levantamento da National Foundation for American Policy, Galvão disse que a decisão foi pensada ao longo de um ano junto com a família. As dificuldades para transformar o visto em uma autorização permanente de trabalho com o "green card", o nascimento da primeira filha e as restrições impostas pelo visto foram suas principais motivações.
Ele trabalhava na área de processo, riscos e controles e realizava auditorias de sistemas. Na metade de 2008 foi informado de que, em razão da crise e pelo fato de a empresa ter feito uma série de demissões, os funcionários em vias de solicitar um "green card" teriam o pedido congelado.
O processo para obtenção do "green card" é complexo. Em uma das etapas o empregador deve anunciar a vaga do funcionário em jornais de grande circulação e somente se não encontrar candidatos americanos compatíveis com o perfil da vaga pode prosseguir no pedido.
A alternativa era aguardar a melhora da economia e buscar oportunidades na empresa em outros países para realocação posterior nos EUA. Mas a crise chegou à Europa. "Não faria sentido cumprir mais dois anos de visto H-1B sem a perspectiva do "green card" no final."
Ele afirma ainda que as restrições impostas pelo governo americano para as empresas do setor financeiro que receberam socorro estatal também dificultaram a contratação de trabalhadores estrangeiros.


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