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Agnelli é alvo de protesto em
NY durante entrega de prêmio
Metalúrgicos chamam executivo de "cidadão do mal" por atuação da Vale no Canadá
DE NOVA YORK
Enquanto era homenageado
ontem no hotel Waldorf Astoria, em Nova York, o presidente
da Vale, Roger Agnelli, foi alvo
de um protesto de mais de duas
centenas de pessoas contra as
operações e políticas de sua
empresa no Canadá.
Agnelli foi o primeiro brasileiro a ganhar o prêmio Dwight
D. Eisenhower (presidente dos
EUA entre 1953 e 1961) patrocinado pelo BCIU (Business
Council for International Undestanding).
A entrega ocorreu durante
jantar de gala com apresentações de balé e chorinho. Na homenagem, Agnelli defendeu o
histórico da empresa, principalmente em sua relação com o
ambiente.
Segundo ele, a Vale é comprometida com o "desenvolvimento sustentado" e já plantou
4 milhões de árvores em projetos de reflorestamento.
Do lado de fora do hotel, na
Park Avenue, representantes
da USW (United Steelworkers),
que reúne metalúrgicos de
EUA e Canadá, protestavam
contra o empresário e distribuíam folhetos com uma foto
de Agnelli erguendo uma taça
com a inscrição "Cidadão corporativo do mal".
A USW também acusa a subsidiária Vale Inco de cortar direitos de trabalhadores no Canadá, de violar o ambiente e regras comerciais.
Peter Tichansky, presidente
do BCIU, afirmou que a decisão
de homenagear Agnelli foi tomada antes do aumento das
operações da Vale em escala
global e que os negócios da empresa poderão ter "boas consequências" para o futuro.
Em comunicado, a Vale se diz
"desapontada" pelo fato de a
USW ter levado seus trabalhadores canadenses a uma greve
quatro meses depois de ter rejeitado "uma oferta de acordo
justa" no que se refere a salários e benefícios.
(FCZ)
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