São Paulo, sábado, 05 de dezembro de 2009

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Fundador da Casas Bahia foi mascate

DA REDAÇÃO

A Casas Bahia é obra do judeu polonês Samuel Klein, 86, sobrevivente dos campos de concentração nazistas que chegou ao Brasil em 1952, trabalhou como mascate e inaugurou a primeira loja da rede cinco anos depois, em São Caetano do Sul.
O nome foi um agrado ao vasto contingente de nordestinos que vivia em São Paulo -mas o grupo só passou a atuar na região em abril de 2009, com a abertura de quatro lojas em Salvador (BA).
Avesso a técnicas "modernas" de gestão, o patriarca passou o bastão há quatro anos para seu filho Michael com a missão de manter o estilo familiar.
"É possível a profissionalização dentro da família. Meu pai fez isso comigo e com meu irmão e estamos fazendo com nossos filhos", disse Michael à Folha em 2007.
O sucesso da Casas Bahia é atribuído principalmente à capacidade de introduzir ao consumo vastas parcelas da população que, quando o crédito ainda era exclusividade de poucos, viviam à margem de eletrodomésticos e bens duráveis em geral.
Michael Klein explica da seguinte maneira as razões para o sucesso da empresa: "As finanças aqui são completamente diferentes do que se aprende na escola. A maioria dos meus clientes não declara renda. Tenho de acreditar no que eles estão me dizendo. Muitas multinacionais, como o Walmart e a Sears, deram-se mal porque não conseguiram entender as necessidades locais".
O grupo está presente hoje em 11 Estados, tem 57 mil funcionários e entrou recentemente no mercado das vendas on-line. Em uma década, o número de lojas saltou de 250 para mais de 500.
O faturamento da rede em 2008 foi de R$ 13,9 bilhões e, segundo a consultoria Deloitte Touch, a empresa figura hoje entre as 250 maiores varejistas do mundo.


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