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Fundador da Casas Bahia foi mascate
DA REDAÇÃO
A Casas Bahia é obra do judeu polonês Samuel Klein,
86, sobrevivente dos campos
de concentração nazistas
que chegou ao Brasil em
1952, trabalhou como mascate e inaugurou a primeira
loja da rede cinco anos depois, em São Caetano do Sul.
O nome foi um agrado ao
vasto contingente de nordestinos que vivia em São Paulo
-mas o grupo só passou a
atuar na região em abril de
2009, com a abertura de quatro lojas em Salvador (BA).
Avesso a técnicas "modernas" de gestão, o patriarca
passou o bastão há quatro
anos para seu filho Michael
com a missão de manter o estilo familiar.
"É possível a profissionalização dentro da família. Meu
pai fez isso comigo e com
meu irmão e estamos fazendo com nossos filhos", disse
Michael à Folha em 2007.
O sucesso da Casas Bahia é
atribuído principalmente à
capacidade de introduzir ao
consumo vastas parcelas da
população que, quando o
crédito ainda era exclusividade de poucos, viviam à
margem de eletrodomésticos e bens duráveis em geral.
Michael Klein explica da
seguinte maneira as razões
para o sucesso da empresa:
"As finanças aqui são completamente diferentes do
que se aprende na escola. A
maioria dos meus clientes
não declara renda. Tenho de
acreditar no que eles estão
me dizendo. Muitas multinacionais, como o Walmart e
a Sears, deram-se mal porque não conseguiram entender as necessidades locais".
O grupo está presente hoje
em 11 Estados, tem 57 mil
funcionários e entrou recentemente no mercado das
vendas on-line. Em uma década, o número de lojas saltou de 250 para mais de 500.
O faturamento da rede em
2008 foi de R$ 13,9 bilhões e,
segundo a consultoria Deloitte Touch, a empresa figura hoje entre as 250 maiores
varejistas do mundo.
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