DA REDAÇÃO

O Pão de Açúcar nasceu com uma doçaria de mesmo nome, aberta em 1948 pelo imigrante português Valentim dos Santos Diniz (morto em março do ano passado) em São Paulo. O primeiro supermercado apareceu 11 anos depois.
Em 1968, quando já contava com 64 lojas, o grupo estendeu suas operações para Portugal, Angola e Espanha. Pouco depois, a expansão se consolidou com a aquisição da Eletroradiobraz e a inauguração das lojas Jumbo, a primeira geração de hipermercados do país. Em 1978, seguiram-se as incorporações das redes Superbom, Peg-pag e Mercantil.
Maior empresa do setor nos anos 1980, com mais de 600 lojas, o Pão de Açúcar chegou à beira da insolvência dez anos depois. Mais de cem lojas foram fechadas -inclusive a operação internacional- e quase 40% dos funcionários foram demitidos.
Entre os motivos da crise estavam a expansão desenfreada da empresa, a instabilidade da economia e uma intensa disputa familiar pela sucessão do grupo.
Durante a derrocada, Diniz tentou, sem sucesso, vender a rede por US$ 200 milhões.Em 1999, vendeu uma parcela para o francês Casino e, em 2005, 50% do controle, por US$ 860 milhões.
Depois de cortes e reestruturações, no entanto, a empresa voltou a se tornar uma potência. Em 1995, o grupo foi o primeiro varejista do setor de alimentos do país a lançar ações na Bolsa.
Recentemente, a empresa adotou uma política agressiva de aquisições e comprou o gigante de eletrodomésticos Ponto Frio, concorrente direto da Casas Bahia.
O grupo tem hoje 603 lojas em 15 Estados, entre as bandeiras Extra, CompreBem, Sendas e Assai. A rede tem penetração tanto nas classes A e B como nas de baixa renda e emprega 70 mil pessoas.


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