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MERCADO FINANCEIRO
Aumento da procura por empresas e instituições financeiras fez a moeda fechar em R$ 1,955
Pressionada, moeda dos EUA, sobe 0,6%
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar comercial operou em
alta durante todo o dia e encerrou
os negócios ontem com valorização de 0,62%. Diferentes motivos
pressionaram a moeda norte-americana, que fechou vendida a
R$ 1,955.
Como ontem foi o dia em que o
Banco Central realizou a recompra dos US$ 1 bilhão de dólares
que levou ao mercado no dia 21
de dezembro, investidores que tinham compromisso com a instituição procuraram a moeda de
forma mais intensa pela manhã.
O BC havia levado esse montante ao mercado para aliviar a
pressão sobre a cotação da moeda, característica no fim de ano.
"Esse processo teve um peso
na cotação, mas não tão grande", diz Mário Battistel, da corretora Novação.
O medo de uma crise no sistema financeiro norte-americano
-que surgiu com a informação
de que o Bank of America estaria
com prejuízo significativo devido
à inadimplência- assustou o investidor local, pressionando também a cotação do dólar.
Outro fator de pressão ontem,
na opinião de Carlos Alberto Abdalla, da corretora Souza Barros,
foi o nível em que o dólar chegou
a ser negociado nesta semana
-R$1,930- que acabou aumentando a procura de "hedge"
-proteção contra as oscilações
futuras do câmbio- pelas empresas.
"Quem é devedor, não vai ficar
esperando a cotação subir."
Na Bovespa, os investidores
aproveitaram a queda das Bolsas
nos Estados Unidos para iniciar
um movimento de realização de
lucros, esperado depois da alta de
9,28% acumalada nesta semana.
Isso fez o Ibovespa -índice
que reflete o comportamneto das
ações mais negociadas- terminar o pregão com desvalorização
de 1,59%.
O volume financeiro também
recuou, ficando em R$ 610,6 milhões. Nos últimos dois dias, o giro havia terminado acima dos R$
900 milhões.
As ações do setor de telecomunicaçãos estiveram entre as
maiores perdas do dia, acompanhando a forte baixa da Nasdaq
-Bolsa eletrônica das ações de
empresas de alta tecnologia.
As ações preferenciais da Telesp
caíram 4,8%, seguidas por Telemig Participações PN, com 4,1%
de desvalorização.
(FABRICIO VIEIRA)
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