São Paulo, sábado, 06 de janeiro de 2001

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MERCADO FINANCEIRO


Aumento da procura por empresas e instituições financeiras fez a moeda fechar em R$ 1,955

Pressionada, moeda dos EUA, sobe 0,6%




DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar comercial operou em alta durante todo o dia e encerrou os negócios ontem com valorização de 0,62%. Diferentes motivos pressionaram a moeda norte-americana, que fechou vendida a R$ 1,955.
Como ontem foi o dia em que o Banco Central realizou a recompra dos US$ 1 bilhão de dólares que levou ao mercado no dia 21 de dezembro, investidores que tinham compromisso com a instituição procuraram a moeda de forma mais intensa pela manhã.
O BC havia levado esse montante ao mercado para aliviar a pressão sobre a cotação da moeda, característica no fim de ano.
"Esse processo teve um peso na cotação, mas não tão grande", diz Mário Battistel, da corretora Novação.
O medo de uma crise no sistema financeiro norte-americano -que surgiu com a informação de que o Bank of America estaria com prejuízo significativo devido à inadimplência- assustou o investidor local, pressionando também a cotação do dólar.
Outro fator de pressão ontem, na opinião de Carlos Alberto Abdalla, da corretora Souza Barros, foi o nível em que o dólar chegou a ser negociado nesta semana -R$1,930- que acabou aumentando a procura de "hedge" -proteção contra as oscilações futuras do câmbio- pelas empresas.
"Quem é devedor, não vai ficar esperando a cotação subir."
Na Bovespa, os investidores aproveitaram a queda das Bolsas nos Estados Unidos para iniciar um movimento de realização de lucros, esperado depois da alta de 9,28% acumalada nesta semana.
Isso fez o Ibovespa -índice que reflete o comportamneto das ações mais negociadas- terminar o pregão com desvalorização de 1,59%.
O volume financeiro também recuou, ficando em R$ 610,6 milhões. Nos últimos dois dias, o giro havia terminado acima dos R$ 900 milhões.
As ações do setor de telecomunicaçãos estiveram entre as maiores perdas do dia, acompanhando a forte baixa da Nasdaq -Bolsa eletrônica das ações de empresas de alta tecnologia.
As ações preferenciais da Telesp caíram 4,8%, seguidas por Telemig Participações PN, com 4,1% de desvalorização.
(FABRICIO VIEIRA)


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