|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AVIAÇÃO
Vôos da Gol começam na 2ª
Empresa anuncia ponte aérea a partir de R$ 79
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem vinho ou cerveja para servir -e abrindo mão do sanduíche quente e do franguinho grelhado- a companhia aérea Gol,
uma das 40 empresas da família
Constantino, quer desbancar
TAM, Vasp, Varig e Transbrasil.
A empresa anunciou ontem sua
estratégia para entrar no mercado
nacional de vôos regulares e a receita será o corte de custos.
Com essa tática, a companhia
irá vender passagens para sete capitais do país com preços até 50%
menores do que os praticados pelas concorrentes. O primeiro vôo
decola na segunda-feira com sensível diferença nas tarifas.
Pela ponte aérea Rio-São Paulo,
a Gol irá cobrar de R$ 79 a R$ 99
(ida ou volta), dependendo do
horário. A tarifa da TAM e Varig,
por exemplo, é de R$ 208.
Para chegar nesse preço, nada
de primeira classe e serviço de
bordo. Só existirá a classe econômica. A relação funcionário por
avião será de 100 para 1, sendo
que nas líderes do setor está em
170 empregados por aeronave.
A empresa trabalhará com um
tipo de avião (Boeing 737-700)
para evitar a necessidade de carregar diferentes estoques de diferentes modelos e ter que trabalhar
com diferentes equipes de manutenção. Dentro da aeronave, o
cliente vai sentir mais diferenças.
A princípio, serão quatro aeromoças por vôo, mas a empresa
tentará provar ao DAC (Departamento de Aviação Civil) que pode
operar com menos pessoal. Também quem for comprar a passagem sentirá outra diferença. A
empresa fará reservas virtuais.
Ou seja, não dará ao passageiro
um único comprovante -só se
ele exigir. "Cortamos tudo", diz
David Barione, vice-presidente
técnico.
Sem isso, diz, seria impossível
reduzir as taxas. No maior trecho
oferecido pela companhia, de Salvador para Porto Alegre, a empresa cobrará de R$ 354 a R$ 374 (ida
ou volta). A Transbrasil, por
exemplo, cobra em torno de R$
580. A promoção da Gol vale só de
15 deste mês -data do primeiro
vôo nacional- até 15 de fevereiro. Depois deve elevar o valor.
A Gol sabe que, para se expandir, terá que enfrentar a desconfiança do cliente em relação à
marca, desconhecida. Comandada pela família mineira Constantino (faturamento de R$ 1 bilhão),
o grupo fará campanhas de marketing a partir da próxima semana.
"Sinto se Rolim Amaro, dono
da TAM, disse que não daria certo. Vai dar", diz Constantino de
Oliveira Júnior, presidente da Gol.
Texto Anterior: Exportações: Embraer ficou com 30% do Proex Próximo Texto: Panorâmica - Comércio: Brasil contestará na OMC barreira mexicana a transformadores elétricos Índice
|