|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
análise
Resultado sugere crescimento do PIB perto de 3%
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor industrial pisou no
acelerador em novembro e
surpreendeu até os analistas
mais otimistas, que previam
crescimento de 0,7%. A indústria cresceu 0,8% em relação a outubro. É difícil que
o resultado mude muito o cenário de 2006, mas ele pelo
menos parece afastar a possibilidade de a economia ter
crescido muito menos do
que 3%, como já sugeriam alguns analistas.
Só saberemos quanto a
economia brasileira cresceu
em 2006 no final de fevereiro. Ainda assim, serão dados
preliminares. Por enquanto,
economistas tateiam os resultados com as estatísticas
já disponíveis. Dentre as
mais importantes para estimar o crescimento da economia está justamente o resultado da indústria.
Às contas: a Rosemberg
Associados estima que, ainda
que a indústria não cresça
em dezembro, a produção do
setor registrará alta de 1% no
último trimestre. Não chega
a ser resultado surpreendente, mas já é velocidade superior ao 0,65% do terceiro trimestre. Ou seja, a indústria
parece estar acelerando.
Se esse for o cenário, estimam os analistas da consultoria, a economia teria crescido 2,8%, muito perto de
3%, em 2006. É verdade que
é um resultado modesto, mas
já tranqüiliza quando se recorda que havia quem mencionasse taxa perto de 2,5%.
O Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial) chama a atenção
para outros aspectos positivos do desempenho do setor
industrial, além do fato de
ele ter sido melhor do que esperado no agregado.
O crescimento de novembro foi puxado pelos setores
de bens de capital e de intermediários, enquanto bens de
consumo duráveis e não-duráveis registraram retração.
O lado positivo desse perfil
de crescimento é que o gasto
com bens de capital é apenas
o outro lado da moeda do
gasto com investimento. Para o Iedi, a retomada o investimento "é um dos poucos fatores que permitem alimentar para 2007 a expectativa
de um crescimento econômico mais expressivo".
O lado negativo, salienta o
Iedi, é que são justamente os
setores intensivos em mão-de-obra que estão ainda registrando resultados muito
piores do que a média, como
vestuário, calçados, madeiras e produtos de metal.
(MARCELO BILLI)
Texto Anterior: Indústria surpreende e cresce 0,8% em novembro Próximo Texto: Projetos em habitação serão incluídos no PPI Índice
|