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No Brasil, mercado passou por reviravolta após redução de IPI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O mercado automotivo no
Brasil saiu de um cenário de
queda de 8,1% nas vendas de
automóveis e comerciais leves
em janeiro do ano passado ante
o mesmo mês de 2008, para
uma expansão de 12,66% ao
longo de 2009.
Para o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da
Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze, foi uma
reviravolta "surpreendente", já
que o PIB (Produto Interno
Bruto) do país teve um "crescimento pífio" no ano passado.
Foram as medidas do governo direcionadas para o setor,
como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que incide sobre os carros e a retomada do crédito, que
salvaram o mercado, diz Reze.
"Quando a crise veio, o governo tinha instrumentos para enfrentá-la, porque o país já tinha
uma política econômica estável", afirmou.
No ano passado, foram vendidos 3 milhões de automóveis
e comerciais leves no Brasil,
uma marca recorde. A redução
do IPI, anunciada inicialmente
em dezembro de 2008, foi estendida até o final de março
deste ano para o caso dos veículos flex. Já o crédito para a compra de veículos voltou à normalidade ao longo de 2009.
"O IPI funcionou mais como
uma desculpa para comprar,
porque as pessoas já queriam
adquirir seu veículo, mas não
tinham condições de financiamento", afirma.
Para este ano, a Fenabrave
estima um avanço de 9,73% nas
vendas de automóveis e comerciais leves ante 2009.
Mesmo o setor de caminhões, que demorou mais a se
recuperar, teve um desempenho melhor do que o esperado.
No acumulado do ano, as vendas caíram 11,47% -a previsão
da Fenabrave era de uma baixa
de mais de 20%.
"As vendas de caminhões estão mais ligadas ao desempenho da economia como um todo", disse Reze. Em dezembro,
as vendas tiveram incremento
de 14,14% em relação a novembro passado.
Competição
No acumulado de 2009, a
Fiat ficou na liderança, com
24,49% de participação no
mercado de automóveis e comerciais leves. Logo atrás, aparece a Volkswagen, com fatia de
22,74%. A GM e a Ford vêm
com 19,79% e 10,10%, respectivamente.
As montadoras tradicionais,
porém, tiveram de enfrentar
maior concorrência dos importados. As maiores taxas de crescimento foram registradas pelas empresas não instaladas no
país. A BMW, por exemplo,
cresceu 69% no país. Já a japonesa Subaru e a sueca Volvo tiveram as maiores expansões,
com altas de 140% e 101% nas
vendas, respectivamente.
(PAULO DE ARAUJO)
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