São Paulo, terça-feira, 06 de fevereiro de 2007

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Vaivém das commodities

ALESSANDRA KIANEK - akianek@folhasp.com.br

EMPECILHO
Quando tudo parecia dar certo para o mercado de soja -que voltou a ter preços bons neste ano-, começam a surgir os primeiros problemas. O excesso de chuvas no Centro-Oeste impede a colheita, que teve avanço mínimo nos últimos dias, diz Fernando Muraro, da Agência Rural, de Curitiba.

PREÇOS ELEVADOS
A soja voltou a subir ontem em Chicago e o contrato de março bateu nos US$ 7,40 por bushel -maior preço desde julho de 2005. Já o milho, após ter atingido US$ 4,08 por bushel no mês passado, esteve ontem a US$ 4,02. Havia 11 anos não se registrava preço tão alto.

RESPOSTA DO MERCADO
Novos dados sobre milho indicam produtividade ainda melhor do que a esperada. Com isso, o Brasil poderá produzir 46 milhões de toneladas neste ano, 10% a mais do que em 2006. Só na safra de verão, a que começa a ser colhida, a produção deve ficar em 34,5 milhões de toneladas.

AVANÇO DA SAFRINHA
A área total a ser utilizada com o milho nas safras de verão e de inverno deve chegar a 12,5 milhões de hectares. A maior evolução fica para a safrinha, quando deverão ser semeados 3,35 milhões de hectares, 10% a mais do que em 2006. Os dados são da Céleres.

FRANGO A R$ 1,70
O preço do frango começou a semana em alta. Ontem, o quilo da ave viva foi comercializado nas granjas do interior paulista a R$ 1,70. Em 30 dias, a alta acumulada é de 30,8%.

RITMO AQUECIDO
O alívio sentido pelos produtores agrícolas com a recuperação dos preços das commodities deve refletir também na compra de fertilizantes. A movimentação de fertilizantes pelo porto de Paranaguá em janeiro atingiu 555 mil toneladas, 96% a mais do que em igual período de 2006.

DE OLHO NO FUTURO
O mercado agropecuário brasileiro aprende, cada vez mais, a utilizar os mecanismos do mercado futuro. No mês passado foram registrados 112 mil contratos futuros agropecuários na BM&F, um recorde para o período. A movimentação financeira foi de US$ 1,1 bilhão, 11% a mais do que em igual período de 2006.

NOVOS MERCADOS
Além de evolução dos negócios em mercados tradicionais como boi e café, a Bolsa de Mercadorias & Futuros acaba de registrar recordes de negócios em álcool, milho e soja, produtos que passaram a ser sinônimo de energia em tempos de petróleo caro e temperaturas bastante elevadas no Universo.


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