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Homens, minoria entre os desempregados, passam menos tempo em busca de trabalho
DA REDAÇÃO
Além de serem maioria entre
os desempregados brasileiros
(56,4%), as mulheres passam
mais tempo buscando uma colocação no mercado de trabalho do que os homens, segundo
levantamento do Dieese.
Na região metropolitana de
Salvador, foram, em média, 73
semanas em 2007, contra 62
dos homens. Na região com
menor tempo de procura, Porto Alegre, elas precisaram de 36
semanas para se recolocar no
mercado de trabalho -os homens, cinco a menos. Em São
Paulo, o período também foi
equilibrado, com a mesma diferença contra o sexo feminino,
que levou 50 semanas para arranjar um emprego.
De acordo com Lúcia Garcia,
coordenadora do sistema PED,
em cerca de dois terços das famílias as mulheres não são a
provedora principal da casa,
por isso "podem se dar ao luxo"
de passar mais tempo em busca
da ocupação mais adequada ao
seu perfil. Essa, porém, é apenas uma das explicações.
Elas, que já representam
46,7% da força de trabalho nas
regiões metropolitanas pesquisadas, ainda enfrentam a discriminação dos empregadores,
principalmente aquelas em
idade reprodutiva e com filhos.
Para aumentar a competitividade, diz Lúcia, o número de
anos de estudo delas é maior.
Na avaliação do rendimento,
o Distrito Federal tem a maior
diferença entre os sexos. Uma
mulher ganha 74,6% do que um
homem recebe por hora.
Analisando os números da
Rais e trazendo a valores presentes, Fábio Romão, economista da LCA Consultores,
aponta que o rendimento médio das mulheres cresceu mais
(3,6%) do que o dos homens
(1%) no mercado formal na
comparação de 2006 (últimos
dados) com 2001. A diferença
entre os sexos também diminuiu, pois em 2006 elas ganhavam 82,7% do salário de seus
concorrentes homens, contra
80,7% em 2001.
(TR)
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