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Brasil não vai buscar retaliação, afirma Amorim
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Qualquer medida que
possa ser interpretada como
protecionista não é ideal",
afirmou ontem à noite o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) sobre as novas medidas anunciadas pela
Argentina. Segundo ele, no
entanto, o Brasil "não busca
retaliações".
"Não podemos ter obssessão de que não possa haver
superávit ou déficit de um lado ou de outro, porque a economia não funciona assim.
Queremos que nosso comércio, o comércio bilateral, evolua", disse, em encontro com
empresários na Fiesp.
Para o vice-presidente da
AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José
Augusto de Castro, com a dificuldade financeira por que
passa a Argentina, não resta
outra alternativa ao país vizinho além da adoção de medidas protecionistas.
"Eu sabia que a Argentina
procuraria restringir ainda
mais o comércio com o Brasil. Ela não tem outra opção."
Apesar das dificuldades
impostas ao Brasil, o Planalto quer solução negociada.
"Temos negociação na quinta e acho que estamos com
boas propostas. Nossa disposição é chegar a um acordo
com a Argentina. É um país
absolutamente fundamental
para nós", disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial
da Presidência da República.
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