São Paulo, Sábado, 06 de Março de 1999
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Paulinho é o novo presidente da Força

da Reportagem Local

A Força Sindical tem novo presidente desde ontem. No lugar de Luiz Antônio de Medeiros, que exercia o cargo desde a fundação da central, em março de 91, entrou Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do principal sindicato filiado à entidade, os metalúrgicos de São Paulo.
A indicação de Paulinho para o lugar de Medeiros foi aprovada ontem por unanimidade pelos 68 dirigentes nacionais da Força Sindical. Não havia outro candidato.
Medeiros, que foi eleito deputado federal pelo PFL de São Paulo na última eleição, afirmou que pediu afastamento da presidência da Força Sindical para pode se dedicar integralmente ao Congresso.
Ele disse, porém, que vai acompanhar de perto todos os passos estratégicos da Força Sindical, mesmo sem desempenhar função.
"O centro do movimento sindical é São Paulo e estarei em Brasília a maior parte do tempo. Temos que deixar outras lideranças atuarem", declarou.
O vice-presidente da Força Sindical, Melchíades Araújo, explicou que, como o caso de afastamento da presidência da central era por muito tempo, a direção nacional teve que deliberar sobre um novo nome para o cargo.
Paulinho, ao discursar na posse, disse que Medeiros continuará sendo o principal líder da Força Sindical e confirmou a participação do dirigente nas futuras decisões importantes.
Paulinho era o sucessor natural de Medeiros para ocupar a presidência da Força Sindical ao fim do mandato, em agosto de 2001.
Seu nome vinha ganhando importância devido às suas negociações com o governo e empresas.
Na mais recente delas, obteve, junto com lideranças da CUT e representantes das montadoras, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente sobre os automóveis em troca da manutenção do nível de emprego nas fábricas do setor.
Paulinho fica, em princípio, até o final da atual gestão, em agosto de 2001. A sua escolha para o cargo de presidente mantém a hegemonia dos metalúrgicos dentro da Força Sindical.
Os dirigentes da central chegaram a cogitar a permanência de Medeiros na presidência enquanto ele desempenhar a função de parlamentar, mas a idéia acabou sendo abandonada.


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