DA REPORTAGEM LOCAL

O investidor tem duas formas de ganhar dinheiro com a aplicação em ações: a valorização que ela tem na Bolsa e a parte do lucro que a empresa envia de tempos em tempos a seus donos. Para ter direito ao lucro, o investidor deve manter o papel em carteira quando a empresa aprovar o pagamento.
Nos EUA, os papéis que mais distribuem dividendos são conhecidos como "ações de viúva". O nome vem do fato de as viúvas americanas utilizá-los para complementar a pensão deixada pelo marido. Esses papéis são também os de menor risco de desabar na Bolsa. Conservadores, rendem pouco, mas com alguma previsibilidade e segurança.
O raciocínio lembra o da gestão de imóveis, em que os proprietários recebem um pequeno aluguel e costumam desconsiderar eventuais valorizações no mercado imobiliário.
Como é parte do lucro líquido da empresa, o dividendo é livre de imposto -a empresa já pagou os tributos antes de chegar a seu ganho final.
Além do dividendo, as empresas pagam juros sobre o capital próprio. Ele funciona como se o acionista tivesse emprestado seu capital à empresa. Como a empresa teria de pagar juro ao banco, também pode pagá-lo ao acionista.
No balanço, esse juro entra como uma despesa financeira, que reduz a base de tributação pela qual a empresa paga IR e CSLL. Como o valor não foi tributado antes, o acionista tem de pagar 15% de IR.


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