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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Brasil é emergente que mais atrai investidor
O Brasil se destaca entre os
países emergentes como o que
mais desperta interesse dos
fundos de "private equity". Pesquisa da Lavca (Latin American
Venture Capital Association)
com cem investidores estrangeiros aponta que 43% deles escolheriam o país para investir
entre opções como China, Índia, África do Sul e Rússia.
As oportunidades nos mercados emergentes despertam o
interesse de 94% dos investidores que participaram do levantamento. O resultado será
apresentado e discutido no
Congresso ABVCAP 2009 (Associação Brasileira de "Private
Equity" & "Venture Capital"),
que será realizado entre os dias
14 a 16 deste mês, em São Paulo.
O evento ocorrerá com a parceria entre a ABVCAP, a Lavca e
outras entidades do setor.
A expectativa do presidente
da ABVCAP, Luiz Eugenio Figueiredo, é que um grande volume de investimentos entre
no Brasil neste ano via fundos
de "private equity". Uma das
razões da atração dos estrangeiros pelo país se deve à estabilidade da economia e à solidez do sistema financeiro, diz.
"Por mais que sinta os impactos da crise, o Brasil fez a lição de casa nos últimos anos e
está bem posicionado agora",
diz Figueiredo.
Para ele, um dos sinais do reconhecimento da importância
do país na economia global foi a
participação do presidente Lula na reunião do G20. Na ocasião, foi elogiado pelo presidente americano Barack Obama e
sentou-se ao lado da rainha da
Inglaterra, Elizabeth 2ª.
O bom posicionamento do
Brasil e o interesse dos estrangeiros em investir no país devem beneficiar os fundos locais. Segundo a pesquisa da
Lavca, 95% dos investidores estão considerando negociar com
"private equities" locais. Para
investimentos nos mercados
emergentes via fundos globais,
o interesse cai para 50%.
NA ESCOLA
Neste ano, a Funenseg (Escola Nacional de Seguros) vai
abrir em São Paulo um MBA focado em seguros e resseguros, e um curso de graduação com ênfase em seguro e previdência. A instituição já está presente no Rio de Janeiro com
cursos de graduação e pós direcionados ao tema. A iniciativa, segundo Henrique Berardinelli, superintendente da escola, é oportuna neste momento em que a recente abertura do
mercado de resseguros -que eram feitos antes apenas pelo
IRB, no Rio- descentralizou o negócio e aumentou a carência de São Paulo por profissionais especializados. "O Rio deve se transformar em um polo de resseguradoras e em São
Paulo está a maioria das seguradoras", diz Berardinelli.
PARA QUEM FICA
A consultoria de relacionamento corporativo Chama
Azul fechou o primeiro trimestre com o triplo de projetos
ante igual período de 2008. Segundo o sócio Carlo Sabino,
trata-se de demandas de empresas que se reestruturaram
ou planejam mudanças por conta da crise. "Nosso trabalho é motivar quem ficou. Na crise, todos se retraem."
NA TELA
A NetMovies, locadora on-line da Ideiasnet, fechou a
compra da concorrente VídeoFlix. A empresa também
prevê serviço de "download"
de filmes pela internet.
BRONZEADO
A estilista Adriana Degreas fechou contrato com a
Sub, loja multimarcas de
roupa de praia de Karla Sarquis, no shopping Cidade
Jardim, em São Paulo, para
vender suas peças da linha
esportiva no espaço de Sarquis. Como Degreas não tem
loja no Cidade Jardim, Sarquis vai oferecer uma parede
da Sub para a estilista.
Luso Brasileiro fecha agência no Tatuapé
O Banco Luso Brasileiro,
do grupo Tavares de Almeida, fechou em março uma de
suas três agências, que operava desde 1999 no bairro do
Tatuapé, em São Paulo. Wilson Bonifácio, diretor-executivo do banco, diz que o fechamento da agência, que
tem cerca de 2.000 clientes,
não é reflexo da crise.
As contas dos clientes, segundo Bonifácio, foram
transferidas para o prédio da
sede do banco, no edifício
Dacon. "Fomos obrigados
pelo Banco Central a colocar
cópia de nossos dados em outro local para não ficarmos
fora do ar em caso de pane
com a entrada do ano 2000.
Escolhemos na época o Tatuapé para ter esse "backup"
(cópia) dos dados", diz.
Hoje, o banco, segundo
afirma, reúne todos os dados
em um site e não precisa
mais ter esse espaço físico.
As 27 pessoas que trabalhavam na agência do Tatuapé
foram transferidas para o
prédio da Dacon, onde o banco alugou mais um andar
-agora são três andares.
BOTIJÃO
A ANP inicia hoje o cadastramento dos revendedores
credenciados para comercializar gás liquefeito de petróleo (gás de botijão) da capital paulista. O prazo é de
dez meses, completando
processo feito em 2006, com
os pontos de venda do interior. Mais de 700 revendas
de gás funcionam regularmente na capital do Estado.
VIZINHANÇA
A Federação das Câmaras
de Comércio Exterior promove hoje, no Rio, o Seminário Bilateral de Comércio
Exterior e Investimentos
entre Brasil e Colômbia.
DESCOMPASSO
A alta do preço do álcool ao
consumidor (veja abaixo) chega em um momento de quedas
acentuadas no preço vendido
na usina. Alísio Vaz, vice-presidente do Sindicom (sindicato
das distribuidoras de combustíveis), nega que as distribuidoras tenham lucros exorbitantes. "É um mercado competitivo, ninguém consegue ter ganhos fora da realidade." Os donos de postos dizem que o ajuste da usina não chegou até eles.
PASSOU
Segundo Vaz, a alta de fevereiro é passado e, em março, os
consumidores já pagaram menos na bomba. A média de queda no preço por litro de álcool
nas quatro últimas semanas,
em São Paulo, foi de R$ 0,08 na
distribuidora, de R$ 0,05 nos
postos e de R$ 0,23 na usina.
PREÇO NA BOMBA
O preço cobrado pelo litro do álcool subiu 2,72% em fevereiro para o motorista que abasteceu na capital paulista, passando para R$ 1,416. Os outros combustíveis ficaram estáveis, segundo pesquisa do Ticket Car, produto de
gestão de despesas de veículos da Ticket.
Com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI e FÁTIMA FERNANDES
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