São Paulo, segunda-feira, 06 de abril de 2009

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Outro lado

Leilão vai reduzir preço, diz Petrobras

DA REPORTAGEM LOCAL

A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, reconhece que o gás está mais caro no Brasil, mas rejeita a possibilidade de renegociação dos contratos com as distribuidoras estaduais de gás -que também pleiteiam uma redução de preço.
A alternativa encontrada para reduzir o preço, afirma, é a realização de um leilão do gás excedente no próximo dia 15, cujos preços serão definidos pelo mercado.
Por conta da crise, existe atualmente uma sobra de 8 milhões de metros cúbicos de gás destinado à indústria.
"Certamente vai haver um preço menor no leilão. Só faz sentido ter o preço do gás competitivo com o do óleo combustível [energético alternativo ao gás, cujo preço está na faixa de US$ 5,95 por milhão de BTU]. E queremos que esse preço mais baixo [praticado para as distribuidoras] chegue ao consumidor final", afirma Foster.

Queda no preço
Ela diz que o preço do gás se descolou do mercado internacional em razão da queda abrupta do petróleo desde o último trimestre de 2008. A questão é que o gás no Brasil só é corrigido trimestralmente, com base na cotação do dólar e de uma cesta de diferentes tipos de óleo combustível -cujo preço recuou na esteira do petróleo.
Além dessa defasagem de três meses, apenas metade da correção é aplicada no trimestre seguinte. Os outros 50% do preço carregam a variação dos seis meses anteriores. Tal fórmula foi concebida no período de pico da cotação do petróleo para amortizar os reajustes.
Para a diretora da Petrobras, esse mecanismo de reajuste é compatível com um preço do petróleo superior a US$ 70 o barril.
Ainda assim, a executiva descarta a possibilidade de alterar a fórmula prevista nos contratos firmados até 2012 com as distribuidoras de gás e acredita no sucesso do leilão como alternativa para reduzir o preço do combustível. (PS e AB)


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