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EUA não descartam trocar direção de bancos
Geithner diz que poderá exigir substituição de executivos de instituições que vierem a pedir socorro, a exemplo do que houve na GM
Em entrevista a rede de
TV, secretário do Tesouro
nega que governo Obama
estude exceção a limite
de pagamento de bônus
DA REDAÇÃO
O governo norte-americano
pode exigir a substituição de
executivos de bancos que requeiram "auxílio excepcional"
no futuro, disse ontem o secretário do Tesouro dos Estados
Unidos, Timothy Geithner.
Críticos da decisão do governo de Barack Obama de condicionar novos empréstimos federais para a General Motors à
saída do ex-presidente executivo Rick Wagoner disseram que
essa forte intervenção contrastava com as medidas para o setor financeiro, que também recebeu injeções de bilhões de
dólares do Tesouro.
Em entrevista a um programa da rede CBS de televisão,
Geithner negou que o governo
esteja adotando um "procedimento duplo" e avisou aos bancos que eles talvez precisem
mudar de comando para receber eventuais apoios no futuro.
O estabelecimento de novas
condições, afirmou Geithner,
pode vir "não apenas para proteger o contribuinte mas para
garantir a reestruturação necessária para que os bancos se
tornem mais fortes. Onde for
preciso mudar o comando das
instituições financeiras nós faremos isso".
O secretário do Tesouro disse que isso ocorreu não apenas
na GM mas em outras grandes
empresas que obtiveram grandes quantias do governo. Ele citou as companhias do setor
imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac e também a seguradora
AIG (American International
Group), que recebeu auxílios
que somam mais de US$ 170 bilhões desde o ano passado.
"Nós já estamos vendo um
número substancial de grandes
bancos no nosso país sendo absorvidos por outras instituições, não existindo mais como
instituições independentes",
afirmou o secretário.
Sem exceções
Geithner, que nos EUA tem o
cargo equivalente a ministro da
Fazenda no Brasil, negou que o
governo Obama estude autorizar exceções aos limites estabelecidos pelo Congresso para o
pagamento de executivos de
instituições financeiras que obtiveram ajuda oficial desde o
fim do ano passado, ainda na
gestão de George W. Bush.
"Não, isso não é verdade",
disse ele. A possibilidade foi levantada em reportagem do jornal "Washington Post" no fim
de semana.
"Agora, nossa obrigação é
aplicar as leis que os congressistas acabaram de aprovar para os pagamentos dos executivos e nós vamos fazer isso",
afirmou o secretário na entrevista para a CBS.
Com agências internacionais
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