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Indicadores na Europa são destaque na semana
No Brasil, investidores aguardam IPCA de março
DA REPORTAGEM LOCAL
A agenda de eventos econômicos europeia será o destaque
da semana. Importantes dados
de inflação, consumo, juros e de
revisão do PIB vão ser conhecidos nos próximos dias.
A Europa já concentrou a
atenção de analistas e investidores na semana passada,
quando Londres recebeu a reunião de cúpula do G20. No encontro, foi anunciado um pacote de US$ 1,1 trilhão destinado a
apoiar a economia mundial.
Também foi discutida na reunião a necessidade de criar uma
regulamentação financeira internacional mais rígida.
A semana começa com a divulgação de dois relevantes indicadores: as vendas no varejo
na zona do euro em fevereiro,
para a qual se espera uma retração de 0,3%, e o índice de preços no atacado, que deve apontar recuo em torno de 0,5%.
Amanhã a agenda se intensifica. Nos Estados Unidos, sairão indicadores ligados ao consumo. Haverá a apresentação
do volume de crédito destinado
ao consumo em fevereiro, além
do nível de confiança dos consumidores. Esses dados são importantes indicadores do ritmo
em que anda a economia.
Na zona do euro, vai ser apresentada amanhã a última revisão do PIB (Produto Interno
Bruto) do quarto trimestre, para a qual a previsão aponta uma
retração de 1,3%.
Os eventos europeus prosseguem com maior intensidade
na quinta-feira, quando o banco central britânico se reúne
para definir seus juros básicos.
A expectativa é a de que a taxa
seja mantida em 0,5% ao ano.
Inflação e juros
Na agenda brasileira, marcada pelo feriado de sexta-feira, a
divulgação da inflação de março será um dos principais destaques da semana. O mercado
trabalha com a expectativa de
que o IPCA (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo), que
será divulgado na quarta-feira,
tenha registrado elevação de
0,25% no mês.
O IPCA é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) e é utilizado pelo Banco Central para
medir a meta oficial de inflação.
Se o IPCA se mantiver dentro
das expectativas, sem ameaçar
a meta do governo, aumentarão
as chances de os juros seguirem
em queda.
Ainda na quarta-feira vão ser
apresentados outros índices,
como o IGP-M e o IPC-S. Para
fechar a agenda no segmento, a
Fipe apresenta a quadrissemana do IPC na quinta-feira.
Na semana passada, a FGV
(Fundação Getulio Vargas)
apresentou o resultado do IGP-M (Índice Geral de Preços
-Mercado) de março. O índice
registrou uma deflação de
0,74%. Foi a maior queda desde
junho de 2003.
"O IGP-M de março registrou um resultado muito abaixo da alta de 0,26% atingida em
fevereiro. Os preços no atacado
foram os principais responsáveis por essa expressiva desaceleração, pois passaram de uma
alta de 0,20% na leitura anterior para uma queda de 1,24%
em março", afirmou, em relatório, a LCA Consultores.
"Já no varejo paulista, os preços se aceleraram no final de
março. O IPC-Fipe fechou o
terceiro mês do ano com alta de
0,40%, resultado bem acima do
que vinha sendo registrado pelas parciais quadrissemanais",
avaliou a LCA.
Com a menor ameaça de
pressão inflacionária, o mercado já prevê que a taxa básica Selic alcance os 9,25% no fim do
ano. Hoje, essa taxa está em
11,25% anuais. Para que isso
ocorra, é fundamental que a
meta oficial de inflação (de
4,5% acumulada em 2009) seja
cumprida. Na mais recente
pesquisa semanal feita pelo BC,
a expectativa para o IPCA no
fim do ano ficou em 4,32%.
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