São Paulo, segunda-feira, 06 de abril de 2009

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Indicadores na Europa são destaque na semana

No Brasil, investidores aguardam IPCA de março

DA REPORTAGEM LOCAL

A agenda de eventos econômicos europeia será o destaque da semana. Importantes dados de inflação, consumo, juros e de revisão do PIB vão ser conhecidos nos próximos dias.
A Europa já concentrou a atenção de analistas e investidores na semana passada, quando Londres recebeu a reunião de cúpula do G20. No encontro, foi anunciado um pacote de US$ 1,1 trilhão destinado a apoiar a economia mundial. Também foi discutida na reunião a necessidade de criar uma regulamentação financeira internacional mais rígida.
A semana começa com a divulgação de dois relevantes indicadores: as vendas no varejo na zona do euro em fevereiro, para a qual se espera uma retração de 0,3%, e o índice de preços no atacado, que deve apontar recuo em torno de 0,5%.
Amanhã a agenda se intensifica. Nos Estados Unidos, sairão indicadores ligados ao consumo. Haverá a apresentação do volume de crédito destinado ao consumo em fevereiro, além do nível de confiança dos consumidores. Esses dados são importantes indicadores do ritmo em que anda a economia.
Na zona do euro, vai ser apresentada amanhã a última revisão do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre, para a qual a previsão aponta uma retração de 1,3%.
Os eventos europeus prosseguem com maior intensidade na quinta-feira, quando o banco central britânico se reúne para definir seus juros básicos. A expectativa é a de que a taxa seja mantida em 0,5% ao ano.

Inflação e juros
Na agenda brasileira, marcada pelo feriado de sexta-feira, a divulgação da inflação de março será um dos principais destaques da semana. O mercado trabalha com a expectativa de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que será divulgado na quarta-feira, tenha registrado elevação de 0,25% no mês.
O IPCA é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e é utilizado pelo Banco Central para medir a meta oficial de inflação. Se o IPCA se mantiver dentro das expectativas, sem ameaçar a meta do governo, aumentarão as chances de os juros seguirem em queda.
Ainda na quarta-feira vão ser apresentados outros índices, como o IGP-M e o IPC-S. Para fechar a agenda no segmento, a Fipe apresenta a quadrissemana do IPC na quinta-feira.
Na semana passada, a FGV (Fundação Getulio Vargas) apresentou o resultado do IGP-M (Índice Geral de Preços -Mercado) de março. O índice registrou uma deflação de 0,74%. Foi a maior queda desde junho de 2003.
"O IGP-M de março registrou um resultado muito abaixo da alta de 0,26% atingida em fevereiro. Os preços no atacado foram os principais responsáveis por essa expressiva desaceleração, pois passaram de uma alta de 0,20% na leitura anterior para uma queda de 1,24% em março", afirmou, em relatório, a LCA Consultores.
"Já no varejo paulista, os preços se aceleraram no final de março. O IPC-Fipe fechou o terceiro mês do ano com alta de 0,40%, resultado bem acima do que vinha sendo registrado pelas parciais quadrissemanais", avaliou a LCA.
Com a menor ameaça de pressão inflacionária, o mercado já prevê que a taxa básica Selic alcance os 9,25% no fim do ano. Hoje, essa taxa está em 11,25% anuais. Para que isso ocorra, é fundamental que a meta oficial de inflação (de 4,5% acumulada em 2009) seja cumprida. Na mais recente pesquisa semanal feita pelo BC, a expectativa para o IPCA no fim do ano ficou em 4,32%.


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