São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2003 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Queda-de-braço entre Planalto e agências preocupa empresas Sem regras, investidores podem abandonar o país
DA REPORTAGEM LOCAL A mobilização dos empresários em favor das agências reguladoras tem entre seus objetivos garantir que grandes indústrias tenham encomendas em 2003. A Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base) adotou recentemente o slogan "o setor está morrendo", devido à paralisação dos investimentos em energia elétrica. Além do excesso de produção de eletricidade, os industriais temem que os acionistas das empresas de energia se sintam desestimulados a injetar dinheiro no Brasil se houver mudanças nas regras do setor. No caso da Abdib, está em jogo uma receita anual de cerca de R$ 115 bilhões. A indústria de eletroeletrônicos também está preocupada com a queda-de-braço entre o Palácio do Planalto e as agências. Isso porque, apesar de as perspectivas serem favoráveis para a expansão das telecomunicações (principalmente da telefonia móvel), há divergências sobre o reajuste a ser autorizado a empresas neste ano. O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, quer evitar que a Telefônica, a Brasil Telecom e a Telemar, por exemplo, consigam em junho reajuste anual baseado no IGP-DI -em torno de 35%. No setor de energia elétrica, as concessionárias têm direito, pelas regras da Aneel, a reajustes anuais baseados na variação do IGP-M. O governo tem conseguido parcelar a recomposição tarifária a cada cinco anos que as empresas de energia têm direito. Isso, porém, também pode afugentar os investidores. (LV) Texto Anterior: Curto-circuito: Agências fazem ato contra o governo Próximo Texto: Saiba mais: Independência financeira existe somente no papel Índice |
|