São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COMIDA CARA

Índia estuda proibição de contrato futuro de alimentos

RAPHAEL MINDER
DO "FINANCIAL TIMES"

A Índia estuda proibir as operações de contratos futuros de alimentos, ressaltando as crescentes preocupações da Ásia quanto ao papel dos fundos de hedge e dos operadores dos mercados financeiros na recente alta das commodities.
Uma proibição emergencial dos mercados futuros de alimentos, proposta pelo ministro das Finanças, P. Chidambaram, reverteria medidas adotadas apenas cinco anos atrás para promover o desenvolvimento da Índia como centro financeiro.
A Índia já restringiu as transações futuras de algumas safras, além de estar entre os países que impuseram restrições à exportação de alimentos. A abordagem indiana, porém, atraiu fortes críticas de dois importantes funcionários do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB), ambos indianos, o que destaca as preocupações entre as instituições internacionais de que a alta nos preços dos alimentos esteja gerando protecionismo comercial e novas distorções de mercado.
Rajat Nag, diretor-geral do ADB, disse que restrições às operações "enviarão o sinal errado e não são produtivas". Ifzal Ali, o economista-chefe do banco, as chamou de "um expediente político" adotado para agradar os eleitores.
A escassez de alimentos deflagrou inquietações sociais na África e partes da Ásia, bem como em outros países pobres, como o Haiti.
Haruhiko Kuroda, presidente do ADB, disse que mais de 1 bilhão de pessoas estão sendo afetadas na Ásia pela alta nos preços dos alimentos, que "tem uma dimensão humana bastante sombria".


Texto Anterior: Energia: McCain pede menor uso de alimento como combustível
Próximo Texto: Custo de vida: Somalis protestam contra a inflação provocada pela alta dos alimentos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.