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Cidade de Goiás abriga resíduos de acidente com césio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Abadia de Goiás, a 227 quilômetros de Brasília, abriga o
exemplo mais próximo do que
será o futuro depósito de lixo
atômico de alta radioatividade.
A cidade abriga 6.000 toneladas de lixo radioativo recolhido
nas áreas contaminadas pelo
acidente com o césio 137 -o
acidente radioativo ocorreu no
dia 13 de setembro de 1987. Foram contaminadas centenas de
pessoas e pelo menos 65 morreram em decorrência direta
do acidente ou por doenças relacionadas à contaminação.
Abadia tem 14 contêineres
enterrados com material de
baixo nível de radioatividade,
isolados por paredes de concreto. O futuro depósito será bem
maior -uma área equivalente a
dois campos de futebol, provavelmente na forma de galerias
cavadas em rochas.
Uma lista preliminar de municípios com condições geológicas ideais para abrigar o lixo
atômico das usinas nucleares é
mantida em reserva pela Cnen
(Comissão Nacional de Energia
Nuclear), responsável pelo depósito de Abadia.
A idéia é construir o depósito
longe de centros urbanos, mas
não muito distante das usinas
produtoras do lixo atômico, já
que o transporte do combustível usado nos reatores terá de
ser feito por caminhões.
Atualmente, o combustível
usado em Angra 1 e Angra 2 é
substituído a cada ano e meio e
acondicionado em piscinas de
resfriamento no interior das
usinas. Técnicos em energia
nuclear avaliam que esse combustível poderá vir a ser reaproveitado em uma nova geração de reatores.
Há quase 440 usinas nucleares em operação no mundo,
mas apenas um depósito definitivo de rejeitos de alta radioatividade no modelo em estudo
na Casa Civil, construído na
Finlândia.
(MS)
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