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Em meio à turbulência, UE eleva projeção para o PIB
DE GENEBRA
A Comissão Europeia revisou para cima a projeção de
crescimento para este ano, apesar da crise da dívida e da queda
do euro. O PIB da União Europeia deve avançar em média 1%
em 2010 e 1,75% em 2011.
Mas seu deficit continuará
subindo, e cinco de seus países-membros seguirão em recessão: Grécia, Espanha, Irlanda,
Letônia e Lituânia. Considerados apenas os 16 adeptos do euro, o avanço será de 0,9%.
A revisão em 0,25 ponto sobre fevereiro é atribuída a um
"ambiente externo mais forte"
e favorável, afirmou a comissão
em nota ontem. Ainda assim,
ressalta-se que a falta de demanda doméstica -produto do
desemprego no bloco, que bate
em 10% na média, mas chega a
20% em lugares como a Espanha- continua a ser um freio.
A Grécia encolherá 3%, afetada pelo arrocho exigido em troca de empréstimo dos vizinhos
e do FMI para contornar seu
deficit orçamentário, diz o texto. A previsão anterior (novembro) era uma retração de 0,3%.
Também recuarão a Irlanda
(0,9%) e a Espanha (0,5%)
-outros dois países com dívidas hiperinfladas-, além da
Letônia (3,5%) e da Lituânia
(3%) -os bálticos foram duramente abalados na crise global.
Mas Portugal, um dos países
na mira do mercado por conta
do deficit, deve crescer 0,5%.
Outro país-risco, a Itália, avançaria 0,8%. Motor do bloco, a
Alemanha irá avançar 1,2%.
Os maiores crescimentos virão do leste, na Polônia e na Eslováquia, ambos com 2,7%. A
Polônia foi puxada pelo consumo de uma emergente classe de
imigrantes recém-retornados
ao país e já havia sido o único
europeu a não entrar em recessão no ano passado, quando a
UE encolheu ao todo 4,2%.
Já o deficit orçamentário,
que triplicou em um ano e chegou a 6,8% em dezembro, continuará inchando mesmo com a
retirada gradual das medidas
de incentivo fiscal e benefícios
sociais implementadas para a
crise. A perspectiva é que ele feche o ano em 7,25% e recue para 6,5% em 2011.
(LUCIANA COELHO)
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