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CONTEXTO
PIB de 0,3% lança dúvidas sobre 2005
DA REPORTAGEM LOCAL
A expansão modesta de 0,3% da
economia no primeiro trimestre
lançou dúvidas sobre o desempenho da economia neste ano.
Parte dos economistas já reviu
para baixo suas projeções para
2005. A queda dos investimentos
e do consumo das famílias mostram, de acordo com quem se tornou um pouco mais pessimista
em relação ao desempenho econômico, uma deterioração de cenário que acabará reduzindo o
crescimento ao longo do ano.
O desaquecimento da economia era esperado, já que o Banco
Central tem elevado a taxa de juros desde setembro justamente
para conter as pressões inflacionárias, reduzindo o ritmo da produção. Por enquanto, a inflação
não respondeu à queda no ritmo
de atividade. Em abril, a taxa acumulada em doze meses foi de 8%
-a meta para dezembro é de
5,1%. As previsões, no entanto,
são de que os índices de inflação
passem a recuar a partir de maio.
A queda dos investimentos e do
consumo no primeiro trimestre
surpreendeu parte dos analistas.
Projeções de crescimento anual
entre 3,5% e 4% estão caindo para
3% ou menos.
Não há consenso, no entanto.
Uma parte dos analistas lembra
que, apesar do resultado ruim do
primeiro trimestre, os indicadores econômicos de abril foram
mais positivos. Eles apontam para
uma série de particularidades do
primeiro trimestre, como a sazonalidade do consumo e o número
maior de feriados.
Se for esse o cenário -um desempenho um pouco melhor a
partir de abril- acaba parte do
pessimismo, dos analistas pelo
menos, gerado pelo resultado do
primeiro trimestre.
Por enquanto, o emprego não
refletiu a patinada da economia
nos três primeiros meses do ano.
A taxa de desemprego ficou, nos
quatro primeiros meses do ano,
em torno de 10% (10,8% em
abril). Em abril do ano passado,
por exemplo, estava em 13,1%.
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