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Impostos representam 25% do custo dos imóveis populares
DA REUTERS
Impostos representam cerca
de 25% dos custos de imóveis
de até R$ 40 mil, faixa que concentra a maior parte do déficit
habitacional de 7,8 milhões de
moradias no país, afirmaram
ontem os autores de pesquisa
sobre crédito imobiliário.
A sondagem da FGV Projetos
e da Abecip aponta que a carga
tributária, aliada ao lento crescimento da renda e da alta burocracia para obtenção de financiamentos, impede um
avanço ainda mais forte do setor imobiliário no país.
"Há empresas investindo nos
imóveis dessa faixa menor, mas
precisamos na verdade de políticas governamentais explícitas
para subsídios e de continuidade nos programas habitacionais dos governos em todos os
níveis", disse Fernando Garcia,
coordenador da FGV Projetos.
"Para essa faixa que ganha
até três salários mínimos, sem
subsídio de governo não dá de
jeito nenhum", disse Décio Tenerello, presidente da Abecip.
Para ele, o desafio do Brasil é
montar um sistema de crédito
imobiliário para quem ganha
até seis salários mínimos.
O estudo aponta que no país
há 3,5 milhões de moradias inadequadas, como favelas, cortiços e edificações rústicas -tipo
de habitação em que vivem
muitas das pessoas com menor
renda. Nesse grupo, avaliam os
pesquisadores, existe um forte
potencial de investimentos.
Garcia afirmou que o grande
desafio nos próximos anos para
o crédito imobiliário no país é
fazer com que os mais pobres
consigam pagar prestações que
sejam próximas aos aluguéis
das edificações mais simples.
"Alugar um barraco em uma
favela de São Paulo custa perto
de R$ 200. Se conseguirmos tirar esses entraves e a economia
seguir estabilizada, é possível
derrubar uma prestação que
hoje custa R$ 800, R$ 900, para
algo em torno de R$ 400."
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