São Paulo, quarta-feira, 06 de junho de 2007

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Impostos representam 25% do custo dos imóveis populares

DA REUTERS

Impostos representam cerca de 25% dos custos de imóveis de até R$ 40 mil, faixa que concentra a maior parte do déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias no país, afirmaram ontem os autores de pesquisa sobre crédito imobiliário.
A sondagem da FGV Projetos e da Abecip aponta que a carga tributária, aliada ao lento crescimento da renda e da alta burocracia para obtenção de financiamentos, impede um avanço ainda mais forte do setor imobiliário no país.
"Há empresas investindo nos imóveis dessa faixa menor, mas precisamos na verdade de políticas governamentais explícitas para subsídios e de continuidade nos programas habitacionais dos governos em todos os níveis", disse Fernando Garcia, coordenador da FGV Projetos.
"Para essa faixa que ganha até três salários mínimos, sem subsídio de governo não dá de jeito nenhum", disse Décio Tenerello, presidente da Abecip.
Para ele, o desafio do Brasil é montar um sistema de crédito imobiliário para quem ganha até seis salários mínimos.
O estudo aponta que no país há 3,5 milhões de moradias inadequadas, como favelas, cortiços e edificações rústicas -tipo de habitação em que vivem muitas das pessoas com menor renda. Nesse grupo, avaliam os pesquisadores, existe um forte potencial de investimentos.
Garcia afirmou que o grande desafio nos próximos anos para o crédito imobiliário no país é fazer com que os mais pobres consigam pagar prestações que sejam próximas aos aluguéis das edificações mais simples.
"Alugar um barraco em uma favela de São Paulo custa perto de R$ 200. Se conseguirmos tirar esses entraves e a economia seguir estabilizada, é possível derrubar uma prestação que hoje custa R$ 800, R$ 900, para algo em torno de R$ 400."


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