São Paulo, quarta-feira, 06 de junho de 2007

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NEGÓCIOS

Aquisições por brasileiros sobem 54% de janeiro a maio

MARCELO SAKATE
DA REDAÇÃO

Negócios como a compra do grupo Ipiranga pelo consórcio formado por Petrobras, Braskem e Ultra e a da Varig pela Gol personificam o fenômeno de aumento de fusões e aquisições protagonizadas por empresas brasileiras neste início de ano.
Elas responderam por dois terços dos negócios do gênero no país de janeiro a maio, patamar que, em 2005, não chegava a 50%, aponta levantamento da consultoria PricewaterhouseCoopers.
Entre as razões, o fato de que as empresas brasileiras estão mais capitalizadas, especialmente por lançarem ações em Bolsa, afirma Raul Beer, sócio responsável por finanças corporativas da "PWC". Há ainda a influência do câmbio valorizado, no caso de operações que envolveram grupos estrangeiros.
Foram 129 fusões e aquisições lideradas por grupos nacionais nos cinco primeiros meses do ano, 54% a mais que no mesmo período do ano anterior. A tendência já havia sido verificada em 2006, quando as compras de participação por investidores nacionais subiram 68%.
Os negócios comandados por estrangeiros, por sua vez, mantiveram-se quase estáveis: saltaram de 69 para 71.
Ao todo, foram 200 transações de aquisição e fusão até maio, com alta de 28%.
Outro fenômeno observado, a exemplo do que tem ocorrido no resto do mundo, é a participação crescente de fundos de investimento, em especial de "private equity", em tais transações.
Um exemplo é a Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que, em abril, adquiriu 23,5% da administradora de shoppings Aliansce (com 15 empreendimentos em diversos Estados).
Para Beer, além da conjuntura favorável, devido à melhora dos indicadores do país e do excesso de liquidez no mundo, outro fator ajudou nessa atração: a maior facilidade que gestores de tais fundos encontram para captar recursos depois de conseguirem gerar retorno aos investidores que apostaram no país no fim dos anos 90.


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