COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), dizendo que o país está perdendo o passo da expansão. "O PAC me parece uma espécie de Fome Zero, acho que é muito barulho por nada", disse em conversa com a imprensa à saída de seminário sobre álcool combustível.
À noite, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef respondeu à FHC: "Lamento que o ex-presidente faça uma oposição não-contributiva", disse. "Respeito a opinião dele, até porque estamos numa democracia, mas acho que ele está completamente equivocado", completou.
Segundo a ministra, quando o PAC foi lançado havia um descrédito generalizado sobre a capacidade de o país crescer 4,5% ao ano. "Hoje, várias consultorias estão reafirmando que, no acumulado trimestral, estamos crescendo a 4,5%."
Dilma respondeu também à queixa do megainvestidor George Soros sobre a ausência de um marco regulatório que incentive o setor privado a investir em álcool combustível. "O marco regulatório do álcool é público e notório e tem mais de 30 anos de maturidade. Acho que talvez o senhor Soros não conheça o bastante a legislação brasileira", afirmou.


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