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PRESSÃO
Analistas ouvidos pelo BC elevam para 7% expectativa para o IPCA em 2004 e esperam redução menor da taxa Selic
Mercado prevê inflação e juros maiores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A inflação deste ano deve ficar
em 7%, segundo projeção feita
por analistas de mercado consultados semanalmente pelo Banco
Central. A estimativa para o comportamento do IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo)
foi elevada pela oitava semana
consecutiva.
A meta de inflação fixada para
este ano é de 5,5%, com uma margem de tolerância de 2,5 pontos
percentuais para cima ou para
baixo. Quando avalia que a alta
dos preços está acima do esperado, o BC costuma manter juros
em níveis elevados.
Com isso, é cada vez maior, entre os analistas, a expectativa de
que o BC retarde o processo de redução da taxa Selic, atualmente
em 16% ao ano. Segundo o levantamento, os juros vão cair para
15,13% ao ano até dezembro -na
semana passada, projetavam-se
15%.
Para o ano que vem, a meta foi
fixada em 4,5%, também com
uma margem de 2,5 pontos. De
acordo com a pesquisa, a alta deve
ficar em 5,5%. Com isso, a margem para uma redução dos juros
seria limitada, com a taxa Selic encerrando 2005 em 14,3% ao ano.
Nos demais índices de preços, a
expectativa também é de elevação. A alta esperada para o IGP-M
(Índice Geral de Preços do Mercado) neste ano, por exemplo, é
11,04%.
Boa parte da pressão inflacionária, de acordo com a pesquisa,
vem dos chamados preços administrados -que incluem, entre
outros itens, as tarifas públicas.
Pelo levantamento, o reajuste desse conjunto de preços ficará em
7,91% neste ano, contra 7,80%
apontados na semana passada.
Para o ano que vem, a estimativa
de aumento é de 6,52%.
Ainda segundo a pesquisa, o dólar deve encerrar o ano cotado a
R$ 3,10. Já o saldo da balança comercial deve chegar a US$ 28 bilhões, acima da projeção de US$
26 bilhões feita pelo BC.
Neste ano, até agora, o superávit
acumulado pela balança é de US$
15,32 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento. No período, as exportações somaram US$ 44,005 bilhões, e as importações, US$
28,685 bilhões.
Os analistas do mercado financeiro também reduziram as projeções de investimentos estrangeiros na economia brasileira neste ano.
Segundo o boletim Focus, o ingresso de investimentos deve somar US$ 10 bilhões neste ano. Na
semana passada a previsão dos
analistas era de investimentos de
US$ 10,5 bilhões.
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