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TRABALHO
Sindicatos e DRTs querem identificar irregularidades em contratações
Força-tarefa combate vaga informal
DA REPORTAGEM LOCAL
Para combater a falta de registro em carteira, sindicatos e fiscais
da DRT (Delegacia Regional do
Trabalho) de São Paulo vão montar uma força-tarefa para fiscalizar indústria, comércio e empresas prestadoras de serviço.
A operação tem início nesta semana nas metalúrgicas da capital
paulista, segundo prevê convênio
assinado ontem pela DRT, pela
Força Sindical e pelo Sindicato
dos Metalúrgicos do São Paulo
(filiado à central).
"Cerca de 20% dos empregados
no nosso setor já são terceirizados, cooperados [contratados por
meio de cooperativas] ou temporários", disse Eleno Bezerra, presidente do sindicato. A entidade
informa representar 260 mil metalúrgicos em 8.000 empresas da
capital e de Mogi das Cruzes.
Na zona oeste, o sindicato já
identificou uma empresa que trabalha com 400 empregados
-sendo de 130 a 150 temporários, segundo a Folha apurou.
"Três agências terceirizadas se revezam empregando por três meses sem registro. Elas pedem aos
funcionários que não contem
dentro da empresa que não são
registrados. Diz que serão efetivados. Mas, passados os três meses,
esses trabalhadores são substituídos e demitidos sem direitos", diz
o sindicalista.
Os nomes dos envolvidos estão
sob sigilo para não atrapalhar a
fiscalização. Essa deve ser na prática a primeira operação de fiscalização conjunta entre o sindicato e
os fiscais da DRT.
Heiguiberto Navarro, delegado
regional do trabalho, informou
que os próximos alvos de fiscalização da DRT devem ser os setores do comércio e da construção
civil. "Só em Osasco, 70% dos empregados do comércio são trabalhadores sem registro."
No Estado de São Paulo, 460 fiscais atuam nas áreas de cumprimento da legislação, segurança e
saúde -sendo 260 na capital.
A DRT vai criar um telefone de
denúncia para combater a informalidade. Em São Paulo, o Sindicato dos Metalúrgicos atende reclamações de metalúrgicas pelo
telefone 3188-1000, em horário
comercial. O trabalhador não precisa se identificar.
(CLAUDIA ROLLI)
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