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Na Argentina, governo segura alta de preços
DE BUENOS AIRES
Com mão de ferro na política de controle de preços, e
sob crescente pressão empresarial por reajustes, o governo argentino informou
ontem a inflação de junho:
0,5%, o mesmo índice de
maio. No acumulado do ano,
a alta é de 4,9%, menor que
os 6% registrados no mesmo
período de 2005.
O Ministério da Economia
comemorou a taxa e a redução das expectativas inflacionárias, segundo a agência oficial de notícias Télam.
A expectativa de queda é
atribuída ao congelamento e
ao monitoramento dos preços de cerca de 350 produtos,
que começou no final de
2005 e foi ampliado. Segundo o ministério, os acordos
com os empresários valem
até 31 de dezembro, revisados bimestralmente.
Com a taxa de junho, o governo argentino espera fechar o ano com alta dos preços em até 11% -queda de 1,3
ponto em relação a 2005.
Mas empresários, principalmente do setor alimentício, pressionam para que o
governo autorize aumentos.
Nos bastidores, reclamam da
dureza do governo para negociar. Na segunda-feira, representantes do setor decidiram pedir audiências com o
secretário de Comércio, Guillermo Moreno, escalado por
Kirchner para monitorar os
preços. Levarão planilhas
com a alta de custos para pedir reajustes.
(FM)
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