São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006

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CLIMA

Comprar Amazônia evitaria gasto com seguro, afirma empresário

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES

Com as catástrofes naturais se sucedendo e os gastos das seguradoras atingindo recordes, um grupo de empresários foi incentivado ontem, em Londres, a adotar a solução definitiva para o problema do clima: comprar a Amazônia para preservá-la.
O propositor, o sueco Johan Eliasch, presidente da Head (empresa de material esportivo), é dono de 160 mil hectares da floresta amazônica, em Manicoré e Itacoatiara (AM). Ele afirmou que, com US$ 18 bilhões (cerca de R$ 39 bilhões), é possível comprar toda a floresta e mantê-la intacta, aplacando as mudanças climáticas que, segundo ele, causam tragédias como o tsunami de 2004 e o furacão Katrina.
A proposta foi feita no debate organizado pela seguradora Lloyd's sobre o clima. Em 2005, as seguradoras tiveram o maior gasto da história: US$ 83 bilhões em seguros pagos a vítimas de tragédias como o Katrina, em Nova Orleans (EUA). A idéia não foi recebida com entusiasmo por pessoas como Robert Hartwig, do Instituto de Informações de Seguros dos EUA, que não acreditam na relação direta entre a temperatura da atmosfera e dos oceanos e as tragédias.


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