DA REPORTAGEM LOCAL

O mês de junho foi o pior que a Bovespa já teve no que se refere ao fluxo de investimentos estrangeiros. No mês passado, as vendas feitas com capital externo bateram as compras em R$ 2,26 bilhões.
Desde o começo da série histórica da Bolsa, em 93, nunca se havia contabilizado um saldo mensal tão negativo.
Ao menos o volume de papéis vendidos pelos estrangeiros caiu de maio (R$ 27,1 bilhões) para junho (R$ 18,8 bilhões). O balanço negativo aumentou porque o montante de ações compradas com capital externo entre os dois meses também diminuiu.
No acumulado do primeiro semestre, o balanço dos negócios dos estrangeiros acabou por ficar negativo, em R$ 550,13 milhões.
A fuga de capital externo começou em meados de maio, quando o mercado financeiro global foi tomado por uma onda de turbulência -ainda não superada-, devido aos temores em relação ao futuro dos juros norte-americanos.
Em maio, esse saldo já havia sido fortemente negativo, em R$ 1,515 bilhão.
Como havia sido no mês anterior, os estrangeiros foram o segmento que mais realizou operações na Bolsa paulista em junho.
Das operações totais com ações feitas nos pregões da Bovespa no mês passado, os estrangeiros responderam por 37,6%. Os investidores institucionais (principalmente fundos de pensão) ficaram em segundo lugar, com participação de 25,96%. O investidor pessoa física veio em seguida, com 22,88% dos negócios feitos.
O "home broker", sistema de negociação pela internet, respondeu por 6,53% do giro financeiro total do mês. (FV)


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