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Quebra da empresa foi a maior até hoje
DE NOVA YORK
Até o início do ano 2000, a
Enron era uma das empresas
de maior projeção mundial.
Em menos de 20 anos, passou de uma pequena concessionária regional de oleodutos e gasodutos para a maior
empresa de energia do planeta, atuando em vários setores e países, inclusive no
Brasil.
Em dezembro de 2001,
pressionada por credores e
com suas ações se desvalorizando, a Enron foi obrigada a
pedir concordata, para evitar
a falência. Com dívida de
US$ 13 bilhões, o grupo arrastou consigo a Arthur Andersen, que fazia sua auditoria.
Investidores perderam tudo. Da noite para o dia, cerca
de 5.000 trabalhadores foram demitidos, e US$ 1 bilhão em aposentadorias de
funcionários desapareceu.
Os acionistas foram à Justiça pedir indenizações avaliadas em mais de US$ 25 bilhões em decorrência do crime. Foi a maior empresa a
quebrar na história.
A companhia, com sede
em Houston (Texas), cresceu
de maneira desordenada. Várias de suas subsidiárias
eram deficitárias, mas os balanços não foram registrados
corretamente. O lucro e os
contratos da Enron eram inflados artificialmente.
Segundo a SEC (Securities
and Exchange Commission,
órgão regulador do mercado
financeiro americano), a
Enron criara parcerias com
empresas e bancos que permitiram manipular o balanço financeiro e esconder débitos bilionários.
O colapso da Enron foi
apenas o primeiro de uma série. Depois da Enron, seguiram-se as quebras na WorldCom, da Global Crossing e da
Adelphia.
A onda de fraudes levou à
aprovação da Lei Sarbanes-Oxley, que visa coibir crimes
fiscais e práticas ilícitas de
corporações americanas.
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