São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006

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Quebra da empresa foi a maior até hoje

DE NOVA YORK

Até o início do ano 2000, a Enron era uma das empresas de maior projeção mundial. Em menos de 20 anos, passou de uma pequena concessionária regional de oleodutos e gasodutos para a maior empresa de energia do planeta, atuando em vários setores e países, inclusive no Brasil.
Em dezembro de 2001, pressionada por credores e com suas ações se desvalorizando, a Enron foi obrigada a pedir concordata, para evitar a falência. Com dívida de US$ 13 bilhões, o grupo arrastou consigo a Arthur Andersen, que fazia sua auditoria.
Investidores perderam tudo. Da noite para o dia, cerca de 5.000 trabalhadores foram demitidos, e US$ 1 bilhão em aposentadorias de funcionários desapareceu.
Os acionistas foram à Justiça pedir indenizações avaliadas em mais de US$ 25 bilhões em decorrência do crime. Foi a maior empresa a quebrar na história.
A companhia, com sede em Houston (Texas), cresceu de maneira desordenada. Várias de suas subsidiárias eram deficitárias, mas os balanços não foram registrados corretamente. O lucro e os contratos da Enron eram inflados artificialmente.
Segundo a SEC (Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado financeiro americano), a Enron criara parcerias com empresas e bancos que permitiram manipular o balanço financeiro e esconder débitos bilionários.
O colapso da Enron foi apenas o primeiro de uma série. Depois da Enron, seguiram-se as quebras na WorldCom, da Global Crossing e da Adelphia.
A onda de fraudes levou à aprovação da Lei Sarbanes-Oxley, que visa coibir crimes fiscais e práticas ilícitas de corporações americanas.


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