São Paulo, domingo, 06 de julho de 2008

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Vantagem será das tradings, diz produtor

DO ENVIADO AO TOCANTINS

Os produtores da região de Pedro Afonso, maior centro produtor de grãos do Tocantins, estão eufóricos com a chegada da Norte-Sul, mas sabem que o benefício do transporte em escala na nova infra-estrutura não ficará no bolso dos agricultores.
Cálculos da Coapa (Cooperativa Agropecuária de Pedro Afonso) indicam a economia de R$ 20 por tonelada de soja transportada pela ferrovia.
De Pedro Afonso ao município de Porto Franco (MA) -ponto mais ao sul do trecho em operação da Norte-Sul-, o custo da tonelada transportada por rodovia é de R$ 45. Esse custo cairá para R$ 25 pela ferrovia.
"Infelizmente é o comprador da soja que vai ficar mais competitivo. É uma pena que todo o esforço feito pelo país para expandir a infra-estrutura não chegue aos agricultores", critica Ricardo Khouri, diretor da Coapa. A dependência do crédito ofertado pelas múltis conduz o produtor a essa situação.
A região abriga o maior número de produtores do Tocantins. São 170 mil hectares dedicados à cultura de grãos, 136 mil deles com soja. Em todo o Tocantins, a produção de soja ocupa 250 mil hectares. Já a cobertura de grãos subiu para 450 mil hectares nesta safra, com crescimento de 22%, segundo levantamento do IBGE.
Os produtores afirmam que o novo ciclo agrícola deflagrado pela chegada da ferrovia não resultará na destruição do cerrado ainda preservado às margens da Norte-Sul ou dos rios Araguaia e Tocantins. "Há pastagens degradadas suficientes. Não precisamos destruir o cerrado", assegura Khouri. (AB)


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