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São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

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Setor recebe incentivo quando perde participação na economia brasileira

DA REDAÇÃO

Os novos incentivos vêm num momento em que a indústria automobilística perde peso relativo na economia brasileira.
Segundo David Wong, gerente da consultoria Booz Allen & Hamilton, especializada em empresas, a indústria automobilística chegou a representar 14% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial do país. "Hoje, está em torno de 10%", diz.
O nível de emprego do setor também vem caindo. Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostram que, em 1987, a indústria automotiva chegou a empregar 141 mil pessoas. No ano passado, esse número era de 92 mil pessoas -e havia mais fábricas do que na década de 80.
Wong alerta, no entanto, para o fato de que o tipo de emprego mudou. "Quando estávamos na década de 70, o nível de verticalização era muito alto. Tinha muito mais gente dentro da empresa. A partir dos anos 90, as empresas foram limpando [a folha de pagamento]."
Com isso, o analista quer dizer que muitas pessoas que prestam serviços para as montadoras trabalham para empresas terceirizadas, desde os seguranças das fábricas e o pessoal de limpeza até os responsáveis pela contabilidade das empresas.
Segundo Wong, a indústria automobilística investiu no país US$ 27 bilhões de 1994 até 2002. Por isso, um pacote de R$ 1 bilhão não pode ser considerado exorbitante.
"O superávit comercial da indústria automobilística no ano passado só perdeu para a soja", afirmou o analista. "Essa é uma indústria que permite exportar com alto valor agregado. Ela tem benefícios no sentido de gerar tecnologia, obriga a formação de pessoas que possam acompanhar esse desenvolvimento tecnológico", avaliou Wong.


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