São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Cenário ruim "Desastre" é a palavra mais ouvida dos produtores de milho de Mato Grosso e de Goiás. Os armazéns estão lotados e os preços em baixa. Os produtores já perdem dinheiro no balanço entre o que gastaram para produzir e o valor que estão recebendo. Em algumas regiões a saca está a R$ 7,90. Cenário melhor O dólar pode ser a salvação. No patamar de R$ 3,10, a moeda norte-americana já torna viável as exportações do produto paranaense e paulista. Se os paranaenses desovarem seus estoques, vão se abastecer com milho do Centro-Oeste, dando maior sustentação aos preços. A análise é de Francisco Sampaio, da Agromen Sementes. Soluço na Bolsa Os preços externos não estão favoráveis, mas se a Bolsa de Chicago reagir, Sampaio diz que os brasileiros devem fechar muitos contratos de exportação. O país precisa exportar pelo menos 6 milhões de toneladas para um ajuste melhor dos preços internos, diz. Aproveitar o momento Sampaio diz que o governo deveria criar mecanismos para facilitar as exportações de milho, principalmente o produto de verão. Neste período, o Brasil está sozinho no mercado. O ajuste de preços aumentaria a produção e daria maior estabilidade ao produto, evitando a gangorra: sobe um ano e desce em outro. Avanço do agronegócio As exportações brasileiras do agronegócio atingiram US$ 16,2 bilhões neste ano até julho. As importações foram de US$ 2,7 bilhões, com saldo de US$ 13,5 bilhões -mais 40,27% sobre 2002. Nova embalagem O Instituto de Pesquisas Tecnológicas desenvolveu uma nova embalagem para o transporte de produtos agrícolas, em substituição às tradicionais caixas "K". O novo produto deverá ser de madeira compensada resinada, que não absorve água e pode receber tratamento antifúngico. Velhos tempos A nova caixa teria de 20 a 90 litros. O projeto é de Ernesto Freire Pichler e foi encomendado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia paulista. A caixa "K" é utilizada para o transporte de frutas e legumes desde os anos 70 e foi assim denominada porque era utilizada para transportar latas de querosene, que se escrevia com "k". Em recuperação A queda na produção e a volta às aulas permitiram a alta de 7,4% nos preços do frango nesta semana. O quilo do frango vivo subiu para R$ 1,45 na granja, conforme pesquisa da Folha. Em julho, o preço médio foi de R$ 1,30. No final do mês estava a R$ 1,35, diz o analista José Carlos Teixeira. Deflação Os preços dos alimentos continuam em queda em São Paulo, diz a Fipe. Em julho, caíram 0,71%. O destaque foi a queda de 2,91% no preço dos "in natura". Inseminação em alta A Central Bela Vista Genética Bovina espera ultrapassar, até dezembro, a marca de 2 milhões de doses produzidas em três anos de atividade. A empresa é uma das três maiores centrais de inseminação do país. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Em dia de recuperação, Bolsa sobe 0,93% Próximo Texto: Receita ortodoxa: Lucro do Itaú sobe 42% e vai a R$ 1,49 bi Índice |
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