DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a fechar acima dos 13 mil pontos. A recuperação da Bovespa ontem foi modesta, fechando com alta de 0,93%.
Das dez ações mais negociadas, apenas o papel PNA da Vale do Rio Doce fechou com perdas, de 0,85%. O ganho de ontem foi muito pequeno se comparado às recentes perdas do mercado acionário paulista. Na semana passada, a Bovespa acumulou perdas de 4,5%.
A notícia positiva para o mercado acionário ontem foi o resultado dos negócios com capital estrangeiro na Bovespa. Em julho, as compras de ações com recursos de estrangeiros superaram as vendas em R$ 513,5 milhões. No acumulado do ano, esse saldo encerrou julho positivo em R$ 2,45 bilhões, o melhor resultado para o período desde 1999.
A dúvida dos analistas é se o interesse dos estrangeiros pela Bolsa local vai seguir neste mês. Os últimos dias têm sido marcados pela maior aversão dos investidores internacionais aos mercados emergentes.
O volume financeiro negociado ontem seguiu ruim, como foi no mês passado. O pregão de ontem girou R$ 591 milhões. A média diária de julho foi de R$ 572,6 milhões, bem inferior à de junho, que ficou em R$ 781,9 milhões.
Os negócios feitos na Bolsa nos últimos dias têm se concentrado na realização rápida de lucros. Ontem as ações de exportadoras, que haviam sido destaque de ganhos na semana passada, foram o principal alvo de venda.
Das cinco maiores perdas do pregão, três ficaram com exportadoras. As ações ordinárias da Vale do Rio Doce perderam 3,4%, seguidas pelas preferenciais da VCP, com baixa de 3,1%, e o papel PNB da Aracruz, que caiu 3%.
O papel ON da Tractebel é o que tem tido as maiores oscilações nos últimos dias na Bovespa. Na semana passada, o papel caiu 20,25%. No pregão de segunda, teve valorização de 23,9%. E ontem voltou a cair, fechando com baixa de 5,2%.
O retorno dos principais índices da Bolsa paulista é bastante insatisfatório no mês até o momento. O Ibovespa -índice das 54 ações de maior liquidez- tem perdas de 3,7%. O Itelecom -que segue as ações do setor de telecomunicações- acumula baixa de 3,9%. O índice das empresas de energia elétrica (IEE) tem desvalorização menor, de 1,2%. (FABRICIO VIEIRA)


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