São Paulo, sexta-feira, 06 de agosto de 2004 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O VAIVÉM DAS COMMODITIES Força menor Os pecuaristas estão perdendo força nas negociações com os frigoríficos nos últimos 12 meses. Sempre capitalizados, os produtores tinham o poder de influenciar na formação dos preços. A situação se inverteu, e os frigoríficos estão segurando novos reajustes. Diferencial Os frigoríficos ganham força exatamente no momento em que os preços e a demanda externos são fortes. Eles pagam R$ 62 por arroba, mas conseguem o correspondente a R$ 80 no mercado externo. O momento é favorável para os frigoríficos exportadores, principalmente porque a renda inibe a demanda interna. "Muito esquisito" Assim o analista Romeu Fiod define o momento atual do mercado de arroz. Mesmo entrando no segundo semestre, os preços atuais conseguem ficar abaixo dos registrados no final de junho. Há um mês, o fardo do arroz tipo 1 era negociado de R$ 43 a R$ 47. Os preços atuais são de R$ 41 a R$ 45. Abastecido Para Fiod, não há previsão de alta nos preços nas próximas semanas. O mercado está abastecido e as ofertas chegam de Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. Os estoques são bons e os produtores já se preparam para a nova safra, que chegará ao mercado em seis meses, diz ele. Competitividade Mesmo com a queda dos preços no campo, a concorrência entre as indústrias reduz as margens de venda dessas empresas. Além disso, o arroz deste ano registra grande volume de "quebrados", o que dificulta a comercialização. À espera da safra A indústria nacional de veículos colocou no mercado 6.175 máquinas agrícolas no mês passado. Com isso, a produção deste ano soma 38,4 mil unidades, 19,7% a mais do que em igual período de 2003. As produção de colheitadeiras cresceu 28% no ano. Vendas Apesar do crescimento na produção, as vendas internas estão no mesmo patamar das de 2003 (mais 0,9%). O destaque fica para o aumento na comercialização de colheitadeiras, que cresceu 27% neste ano no atacado. As vendas externas aumentaram 70,2%. Parece ser bom.... As exportações da cadeia produtiva do couro subiram 23% no primeiro semestre deste ano sobre igual período de 2003. Em valores, as receitas somaram US$ 611 milhões, contra US$ 498 milhões no ano passado. ...mas é preocupante Esse aumento já mostra, no entanto, uma evolução menor de produtos de maior valor agregado, efeito da redução da alíquota de exportação do "wet blue" de 9% para 7%. Com a redução de alíquota, "o Brasil abdica de atuar em segmentos de produtos mais sofisticados", diz Amadeu Pedrosa Fernandes, do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil. Financiamento à avicultura A Nossa Caixa coloca R$ 3 milhões à disposição dos produtores paulistas de aves de corte para a aquisição de equipamentos. Os juros são de 4% ao ano. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Infra-estrutura: Governo impõe limite a gasto público na PPP Próximo Texto: Comércio exterior: UE fará proposta diretamente a produtores Índice |
|