ANA PAULA GRABOIS
DA SUCURSAL DO RIO

O consumidor brasileiro está mais confiante na melhoria da economia do país e da condição financeira de sua família, mas de maneira cautelosa, mostra sondagem da FGV (Fundação Getúlio Vargas), realizada em julho.
O percentual dos que disseram que piorou a situação econômica do país passou de 40,9% para 33,4% de abril para julho. Além disso, subiu o percentual dos que responderam que o cenário melhorou (de 9,3% para 12,5%).
Para os próximos seis meses, 39,4% responderam que a economia vai melhorar, ante um percentual de 34,5% apurado em abril. Em janeiro deste ano, 60,1% disseram que a economia iria ficar melhor no primeiro semestre.
Os resultados indicam uma melhora em relação a abril deste ano, quando houve a avaliação mais pessimista desde o início da pesquisa, em outubro de 2002. No entanto, o resultado geral ainda é pior em comparação ao levantamento feito em janeiro deste ano.
Para o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, os resultados de julho sinalizam o crescimento gradual do consumo interno, sem significar uma pressão inflacionária.
"Não há uma explosão, uma bolha de consumo. Há uma recuperação saudável, porque combina uma prudência com relação ao futuro e uma melhora com relação ao presente", disse.
Na avaliação de Quadros, o brasileiro está mais disposto a consumir, mas não está completamente seguro de que a situação voltou a normal. "O consumidor está dizendo que as coisas estão melhorando, mas ainda não está apostando tudo."


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