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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS @- guilherme.barros@uol.com.br
Volume de crédito do Brasil é um dos menores do mundo
O Brasil tem um dos menores
volumes de crédito do mundo.
Em levantamento feito pela
Austin Rating com 173 países, o
Brasil aparece em 82º lugar,
com uma proporção de apenas
32,4% de crédito em relação ao
PIB. A Austin usou dados do
FMI, Banco Mundial e bancos
centrais.
Considerando que o Brasil é a
11ª economia do mundo, conforme ranking elaborado pela
Austin em abril com dados do
FMI, o baixo nível da relação
crédito/PIB revela a fragilidade
do crescimento econômico do
país ao longo dos últimos dez
anos, de 2,2%, no período entre
1996 e 2005.
O levantamento da Austin
mostra que o Brasil, em 82º lugar, está atrás de países muito
menores, como Costa Rica,
Mongólia, Barbados, Bolívia e
Panamá, além dos desenvolvidos e de emergentes como China, Nova Zelândia, Austrália e
Índia, entre outros (ver ranking
abaixo).
O volume de crédito de um
país é um dos melhores termômetros para avaliar a sua capacidade de crescimento. Na medida que cresce o crédito, também se fortalece a economia.
O economista Alex Agostini,
da Austin Rating, diz que o Brasil tem um baixo volume de crédito porque o governo toma a
maior parte de recursos dos
bancos. Também é, a seu ver, isso que explica o crescimento
baixo da economia dos últimos
dez anos.
Agora, com a queda da inflação, a redução dos juros e o
equilíbrio das contas públicas,
a tendência é de aumento do
crédito, o que já vem acontecendo. O banco começa a ter
mais dinheiro em caixa para
emprestar aos seus clientes.
A condição fundamental, no
entanto, para a ampliação do
crédito é a redução do "spread"
bancário, já que as taxas praticadas no país estão no topo da
lista. Um dos pontos discutidos
com maior freqüência é relacionado à taxa de compulsório
sobre os depósitos à vista que as
instituições financeiras têm
que recolher junto ao Banco
Central. Os bancos defendem a
redução do compulsório para
baixar o "spread".
Segundo Agostini, uma redução da taxa do compulsório em
dez pontos percentuais somente da parcela sem remuneração, que corresponde a 45% do
total, elevaria o volume de crédito em aproximadamente R$
8,5 bilhões.
Esse volume, de acordo com
o economista, ainda não seria
suficiente para elevar a relação
crédito/PIB para algo acima de
35%, mas seria certamente um
significativo impulso para a redução dos juros cobrados aos
consumidores.
Pelas contas de Agostini, entre setembro de 2005 e junho
deste ano, enquanto a taxa Selic
foi reduzida em 4,5 pontos percentuais, a taxa média do
"spread" bancário para as operações realizadas para as pessoas físicas foi reduzida em
apenas 2,3 pontos percentuais.
FASE AZUL
A Gatorade vai lançar,
nesta semana, o Cool Blue. A
bebida, que é azul e tem visual grafitado na garrafa, será vendida nas versões PET
500 ml e Sport Bottle.
SAINDO DO ARMÁRIO
A Mash (roupas íntimas)
lança hoje uma nova linha, a
Mash Sports, de camisetas, e
a Mash Bermudas. A marca
também anuncia parceria
com a grife TNG.
SALÃO DE FESTAS
O Copacabana Palace se prepara para reabrir um de
seus espaços mais nobres depois de 60 anos. Fechados em
1946, os salões do antigo cassino do hotel serão ativados
para a realização de eventos sociais, como casamentos,
desfiles de moda e jantares. "Os salões são muito versáteis, mas o Copa sempre foi muito ligado à vida social da
cidade", diz o diretor-superintendente Philip Carruthers.
A reforma, orçada em R$ 10,6 milhões, faz parte da estratégia de aumentar o número de hóspedes brasileiros, especialmente os paulistas. Entre outras ações, o hotel
inaugura até o fim do ano um spa de relaxamento.
GAROTA NACIONAL
A partir de terça-feira, a Daslu volta sua atenção para a
moda brasileira. A butique paulistana, que completou 48
anos, inaugura um espaço de 400 m2 inteiramente voltado
para a produção de estilistas nacionais, com 43 nomes e um investimento total de R$ 3,8 milhões. Segundo Donata Meirelles,
diretora de marcas nacionais e internacionais da butique, a
criação do espaço, batizado de Daslu Village Brasil, não teve a
ver com a dificuldade em trazer produtos importados para a
loja. "Na verdade, dessas 43 marcas, apenas nove são novas",
afirma Donata. As outras -entre elas Forum, Iódice e Reinaldo Lourenço- já existiam no primeiro andar da loja e eram
vendidas junto à marca própria da Daslu. "Agora, as peças ficaram mais visíveis. Resolvemos investir mais nas marcas." A expectativa é de 50% de crescimento no faturamento. Estréiam
no espaço as marcas Lilly Sarti, Marcela Santana, Pelu e Dagema, "mais voltadas para o público jovem", segundo Donata, entre outras. Na agenda, estão programados dois desfiles diários
da coleção verão, às 11h30 e às 15h30, a partir de terça. "O único problema é que o espaço fica no primeiro piso da Daslu mulher, onde os homens não podem entrar."
AULA NA EMPRESA
O Ministério do Desenvolvimento vai divulgar os resultados da pesquisa sobre
ensino nas corporações no
Brasil. O relatório final, produzido na Secretaria de Tecnologia Industrial do ministério, aponta que o setor de
serviços investe mais na
área e que o ensino à distância é bastante usado. Segundo o estudo, 87% das corporações avaliadas utilizam a
capacitação com objetivo estratégico.
TRAVEL CHEQUE
A Caixa Econômica Federal emprestou R$ 393 milhões para o setor de turismo no primeiro semestre de
2006, uma alta de 22,4% sobre igual período de 2005. O
valor médio mensal de empréstimos e financiamentos
para o setor, atualmente, é
de R$ 65,5 milhões, distribuídos em capital de giro e
investimentos fixos. Em
2005, a média foi de
R$ 56,7 milhões. De janeiro
de 2003 até junho de 2006,
foi emprestado mais de R$
1,63 bilhão.
PLÁSTICO
O projeto Export Plastic,
da Apex em parceria com o
setor plástico, entra na sua
segunda fase com investimentos previstos da ordem
de R$ 9 milhões. A assinatura da renovação do convênio
de cooperação técnica e financeira acontece na terça-feira. Em 2005, o setor exportou cerca de US$ 975 milhões em produtos de plástico. A meta para a segunda fase é incrementar as exportações em US$ 80 milhões e
gerar 710 postos de trabalho
no período 2006/2007.
SP NO TOPO
O executivo estrangeiro
que vem ao Brasil a trabalho
gasta 37% a mais que o turista de lazer. A informação faz
parte de pesquisa do Ministério do Turismo/Fipe/Embratur, que analisa o perfil
dos estrangeiros em visita ao
país. O estudo mostrou que,
no quesito "negócios, eventos e convenções", a capital
paulista fica com 49,4% dos
visitantes, o dobro do percentual da segunda colocada, o Rio (22,3%).
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