|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Financiamento imobiliário cresce 59% no 1º semestre
128 mil imóveis são financiados com recurso da poupança
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
O financiamento de imóveis
pelo sistema que utiliza os recursos da poupança deve atingir recorde histórico neste ano.
De janeiro até junho último,
segundo a Abecip (Associação
Brasileira das Entidades de
Crédito Imobiliário e Poupança), 128,4 mil unidades foram
financiadas -58,9% a mais do
que no mesmo período do ano
passado. "Nesse ritmo, esperamos superar em 2008 as 267
mil unidades de 1981", disse
Luiz Antonio França, presidente da entidade. Em 2007, foram
financiadas 195,9 mil.
Os recursos liberados para a
compra da casa própria somaram R$ 12,93 bilhões no primeiro semestre deste ano, o
que significa alta de 86,66% ante o mesmo intervalo de tempo
de 2007. A modalidade de crédito alcançou R$ 18,28 bilhões
no ano passado e, pelas expectativas da Abecip, deve fechar
2008 com R$ 30 bilhões.
Para França, os principais fatores que explicam o forte crescimento do crédito habitacional são a nova regulamentação
-antes, o financiamento era
feito por hipoteca e agora é por
alienação fiduciária-, o aumento da renda da população e
a queda da taxa de juros.
O presidente da Abecip diz
não acreditar que a recente elevação a taxa básica de juros da
economia brasileira, pelo Banco Central, vá desanimar os
mutuários em potencial.
"O impacto da Selic sobre a
TR [Taxa Referencial, que corrige os empréstimos] não é significativo. De janeiro até agora,
não observamos aumento das
taxas praticadas."
A inadimplência segue baixa.
Apenas 1,4% dos tomadores estão com até três prestações em
atraso. "Os bancos seguem critérios adequados para a concessão e existe uma garantia
concreta."
Parcelas
Nos últimos anos, têm subido tanto o preço médio dos
imóveis como o crédito tomado: de 2004 a 2008, os valores
passaram, respectivamente, de
R$ 107,18 mil para R$ 147,80
mil e de R$ 50,11 mil para R$
86,97 mil. Esse é mais um reflexo da melhoria da renda da população e dos juros atraentes.
Os prazos dos contratos também cresceram, graças à estabilidade da economia, de acordo
com o presidente da Abecip,
mas o prazo médio de liquidação dos contratos é de nove
anos. "As pessoas usam o FGTS
[Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço]", explicou.
Texto Anterior: BC descarta afrouxar aperto monetário Próximo Texto: Tarifa e crise no mercado seguram o lucro do Itaú Índice
|