DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras afirmou que a queda nos índices de retorno é uma situação típica "de uma companhia de crescimento acelerado e pertencente a uma indústria intensiva em capital e que possui ativos de alto valor agregado".
Segundo a Petrobras, o volume anual de investimentos da empresa aumentou de US$ 7 bilhões para US$ 29 bilhões. "Crescimento, portanto, superior a 300% em dólar". Ela ressalta que o alto volume de investimentos traz impactos nos retornos no curto prazo. Segundo a empresa, as oportunidades de crescimento acelerado da produção, que tem à frente como poucas companhias no mundo, requer um volume elevado de investimento com retorno após muitos anos.
"Na média mundial, entre a descoberta de um campo de petróleo e sua efetiva entrada em produção, passam-se de cinco a sete anos", disse a companhia, por e-mail, reforçando que se esforça para reduzir esse prazo.
A Petrobras informou, ainda, que essa queda na rentabilidade não a preocupa. Alega que as altas somas investidas em ativos não geram caixa no curto prazo, mas são de alto retorno em médio e longo prazo.
A empresa afirma que não houve perda na eficiência nos últimos anos. Segundo a Petrobras, o ROE (da sigla em inglês de retorno sobre patrimônio) saiu de 5,2% entre 1992 e 1998 para 26,6% entre 1999 e 2002 e para 27,7% entre 2003 e 2008.
O fato de o valor de mercado ter subido mais de 80% entre janeiro e agosto em dólares, segundo a Petrobras, reflete a confiança dos investidores.
A valorização de 81,1% das ações da Petrobras neste ano levou a empresa brasileira à quarta posição entre as maiores empresas das Américas em valor de mercado, segundo a consultoria Economatica.
A Petrobras, que encerrou 2008 com valor de mercado de US$ 95,8 bilhões, valia ao final do pregão de anteontem um montante equivalente a US$ 173,59 bilhões. (SL)


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