São Paulo, quinta-feira, 06 de agosto de 2009

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Vaivém das commodities

ALESSANDRA KIANEK - alessandra.kianek@grupofolha.com.br

PREÇOS DESPENCAM
Os preços recebidos pela agropecuária paulista despencaram no mês passado e tiveram a maior queda em mais de dois anos. Segundo pesquisa do IEA, a retração foi de 4,1% -a maior desde abril de 2007. Os produtos que mais caíram foram laranja (-29%), tomate (-26%) e carne suína (-18%).

TENDÊNCIA
Segundo Eder Pinatti, pesquisador do IEA, a desvalorização ocorre devido ao efeito safra associado à retração do consumo. A tendência dos preços para este mês e para o próximo ainda é de retração, porém menos acentuada, diz Pinatti. "Em outubro, os preços devem começar a ter uma recuperação."

QUEBRA NO NORDESTE
Bahia, Maranhão e Piauí irão colher menos algodão neste ano. Por causa das chuvas, a quebra de safra pode chegar a até 25%, segundo Marcos Rubin, analista da Agroconsult. "Os produtores estão tendo rentabilidade muito próxima a zero e até negativa", puxada pelos altos custos de produção.

ÁREA MENOR
Em razão dos resultados negativos desta safra, Rubin projeta para 2009/10 uma redução de área plantada com algodão de 5% a 10% em todo o país.

REMUNERAÇÃO
De acordo com o analista da Agroconsult, para a próxima safra, haverá redução do custo dos fertilizantes e, consequentemente, uma maior rentabilidade para o produtor de algodão. "Para quem continuar na atividade, a perspectiva é de uma boa rentabilidade para a próxima safra."

DERIVATIVOS
Os mercados de derivativos agropecuários da BM&FBovespa somaram em julho 169.150 contratos negociados, queda de 6% na comparação com o mês anterior e de 51% sobre julho de 2008. O contrato de milho com liquidação financeira apresentou novo recorde, atingindo 28.025 contratos.

COMERCIALIZAÇÃO
Após reunião no Ministério da Fazenda, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ontem que a política de sustentação da comercialização agrícola será mantida. Segundo o ministério, o governo irá apoiar o escoamento de milho da região Centro-Oeste, onde há excesso do produto.

RECUPERAÇÃO
Após período de forte queda nos preços, a arroba do suíno subiu 2,7% ontem nos frigoríficos paulistas. Os melhores negócios ocorreram a R$ 39. A alta foi puxada pela melhora nas vendas devido à semana de recebimento de salários.


com KARLA DOMINGUES


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