|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Especialista lamenta carga maior
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o advogado Ives Gandra
da Silva Martins, professor emérito da Universidade Mackenzie, "é
lamentável que o país tenha de
conviver com essa carga fiscal".
Essa foi a reação de Gandra
Martins ao tomar conhecimento
do número divulgado ontem pelo
IBPT, mostrando que a carga tributária no primeiro semestre foi
de 38,11% do PIB.
Para o advogado, essa carga elevada impede investimentos que
geram emprego e aumentam a
renda dos trabalhadores. Para ele,
o país vai crescer cerca de 4,5% "a
reboque do crescimento mundial", o que é muito pouco se
comparado a concorrentes como
Rússia, Índia, China e México,
que terão avanço superior a 7%.
Ele chama a atenção para um
detalhe importante: enquanto o
Brasil vai crescer menos, e sobre
uma base já reduzida (em 2003 o
PIB caiu 0,2%), os concorrentes
crescerão mais e sobre bases já
maiores, devido ao incremento de
suas economias em 2003.
Ele critica o aumento do superávit primário (economia de receitas para o pagamento de juros da
dívida) de 4,25% para 4,5% do
PIB neste ano. "Se o FMI quer só
4,25%, não há motivos para economizar mais. Precisamos investir para crescer mais."
Numa espécie de desabafo,
Gandra Martins diz que "é lamentável que a carga tributária continue crescendo. Não podemos esquecer que o presidente Lula prometeu que não haveria aumento
da carga fiscal no país".
(MC)
Texto Anterior: Leão guloso: Receita diz que cálculo é indevido Próximo Texto: Saiba mais: Tributos devem levar R$ 3.589 de cada contribuinte Índice
|