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LEÃO GULOSO
Base deve ser anual ou pode gerar "conclusões equivocadas", diz assessoria
Receita diz que cálculo é indevido
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Receita Federal, por meio de
sua assessoria de imprensa, informou ontem que "causa estranheza a periodicidade adotada pela
análise" do Instituto Brasileiro de
Planejamento Tributário.
"Na literatura técnica especializada, bem como nas divulgações
de órgãos oficiais ou não, predomina o uso da periodicidade
anual para cálculo da carga tributária", informou.
Embora as variações do PIB sejam calculadas com periodicidade
inferior à anual, diz a Receita, o
valor nominal do PIB só é divulgado no segundo trimestre do
ano seguinte ao que se refere.
"Estimar a carga tributária em
periodicidade inferior à anual é
exercício temerário, mesmo
quando explicitadas todas as hipóteses subjacentes ao cálculo,
pois comporta elevada margem
de erro, levando a conclusões
equivocadas", avalia a Receita.
O governo não pretende mais
promover medidas de alívio tributário neste ano, segundo já
anunciou o secretário da Receita,
Jorge Rachid. Pelas contas oficiais, as 16 medidas de renúncia
fiscal editadas implicarão uma
perda de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões anuais aos cofres da União.
As medidas começaram a ser
adotadas no final do primeiro semestre, quando os resultados da
arrecadação já deixavam evidente
algo que o governo reluta em admitir: a carga tributária vem subindo desde o ano passado. Em
resposta às críticas, a Fazenda
passou a reduzir a tributação sobre setores da economia considerados estratégicos.
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