|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TERMÔMETRO
Alta dos juros não influi
Consumidores seguem otimistas, aponta FGV
GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DO RIO
O consumidor brasileiro voltou
a mostrar, pelo terceiro mês consecutivo, uma expectativa positiva em relação à economia brasileira, de acordo com sondagem
realizada pela FGV (Fundação
Getúlio Vargas) em setembro. Pelos dados da instituição, a região
Centro-Oeste é a mais otimista, e
a Sul, a mais cautelosa.
Com relação à situação econômica da família, registrou-se um
aumento no números dos que
consideram que a situação estará
melhor nos próximos seis meses
-55,6% em setembro, contra
54,4% em agosto.
Mas, em contrapartida, houve
também uma pequena alta dos
que consideram que a situação da
família estará pior -7,1% em setembro, contra 6,5% em agosto.
"Não parece preocupante, pois há
quase um empate técnico entre os
dois meses, mas vamos ficar de
olho para ver se o dado se repete
nas próximas sondagens", afirmou o economista da FGV, Aloísio Campelo.
O levantamento mostra que a
alta está concentrada nos entrevistados cuja renda familiar é
maior do que 20 salários mínimos
(R$ 5.200). A pesquisa, aliás, mostra que as faixas mais alta e mais
baixa de renda são as mais cautelosas. Dos que ganham até três salários mínimos, 42,1% acham que
a situação econômica do país estará melhor nos próximos seis
meses. Dos que ganham mais de
20 salários mínimos, 38,3% são
otimistas.
Os índices são altos, mas menores do que nas faixas intermediárias -50,3% de três a sete salários, 44,2% de sete a 12 salários e
47,1% de 12 a 20 salários. "Os extremos são realmente os menos
otimistas", disse Campelo.
Por falar em otimistas, eles estão mais concentrados na região
Centro-Oeste. A diferença em
pontos percentuais dos que consideram que a situação econômica do país estará melhor e dos que
consideram que estará pior nos
próximos seis meses é de 39,3. A
região Sudeste fica com 31,8 e o
Norte-Nordeste, com 34,6. Os
menos otimistas são os sulistas,
com 21,3. A pesquisa no Centro-Oeste é realizada apenas na região
metropolitana de Goiânia e no
Distrito Federal.
A coleta foi realizada entre 5 e 20
de setembro. A FGV salienta que,
neste período, "continuaram sendo veiculadas notícias favoráveis
sobre a recuperação do nível de
atividade econômica, do emprego
e da renda". Segundo a instituição, "a divulgação do aumento de
16% para 16,25% da taxa básica de
juros da economia, a Selic, no dia
15 de setembro, aparentemente
não produziu mudanças" na expectativa do consumidor.
O levantamento mostra uma
melhora na expectativa de conseguir um trabalho nos próximos
seis meses -14,9% dos entrevistados em setembro consideram
que será mais fácil, contra 14,3%
em agosto.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Siderurgia: Preço do aço deve ficar elevado devido à China Índice
|