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Governo reduz Imposto de Importação de máquinas
Expectativa é que produtos beneficiados viabilizem investimentos de US$ 698 mi
Camex também diminui prazo que leva para responder
a pedidos de queda na tributação de produtos
sem similar nacional
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo anunciou ontem a
redução no Imposto de Importação de 139 máquinas e equipamentos (bens de capital) que
não são fabricados no Brasil e
também a redução de seis para
três meses no prazo para responder a pedidos de quedas na
tributação de produtos sem similar nacional. Além disso, foi
elevada a taxação de sete produtos que estariam sofrendo
concorrência desleal de preços
por importados.
A queda na tributação dos
bens de capital teve como objetivo, segundo a secretária-executiva da Camex (Câmara de
Comércio Exterior), Lytha
Spíndola, reduzir o custo e estimular o investimento. A alíquota desses produtos cairá de
12% ou 14% para 2% e o benefício valerá para as importações
feitas até o fim do ano que vem.
Segundo dados oficiais, os
produtos beneficiados poderão
viabilizar investimentos de
US$ 698 milhões e equivalem a
importações no valor de US$
412 milhões. A lista das 139 máquinas e equipamentos foi elaborada a partir de pedidos encaminhados ao governo pela
indústria em geral.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior acumulava esses pedidos e, a cada seis meses, depois
de comprovar se há ou não produção nacional, autorizava a revisão tarifária. Segundo Spíndola, isso passará as ser feito a
cada três meses.
"Há um número crescente de
pedidos em razão do aumento
no investimento que está ocorrendo na economia. O nosso
objetivo é dar um resposta mais
rápida para viabilizar esses investimentos", explica Spíndola.
Mercosul
A revisão do imposto de máquinas e equipamentos não depende da concordância dos demais países do Mercosul porque se trata de uma exceção à
tarifa externa comum (TEC) e
também exclui produtos fabricados pela indústria argentina,
paraguaia e uruguaia.
Essa revisão tributária não se
confunde com as desonerações
que o governo tem feito para a
compra de máquinas e equipamentos. A medida anunciada
ontem se limita ao Imposto de
Importação e está restrita ao
maquinário que não é fabricado no Brasil. Já as desonerações de bens de capital incluem
tributos como PIS (Programa
de Integração Social) e Cofins
(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social),
contribuições que financiam a
seguridade social e podem afetar a produção nacional.
De acordo com a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos),
a queda no Imposto de Importação de bens de capital não terá impacto sobre a indústria
nacional. A associação acompanhou o processo de análise e,
em apenas dois casos, constatou que pode haver similar nacional.
(LP e ID)
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