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Decisão é do governo, diz ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
"A decisão de fazer o acordo já
foi tomada pelo governo", disse o
ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, ao anunciar, no início
da noite, as principais diretrizes
do entendimento com o FMI.
Explicando que falou com Lula
nos dois últimos dias por telefone
e que o presidente, que está na
África, conhecia "as bases" do novo entendimento, Palocci disse
que conversará com ele na próxima semana para informá-lo sobre
os detalhes do acordo.
Palocci fez questão de enfatizar
que o anúncio de ontem era apenas a proposta que o Brasil apresentou ao FMI e que o acordo definitivo deverá ser aprovado antes
pela diretoria da instituição. O
trâmite burocrático para assinatura definitiva do pacote só deve
acontecer de fato em dezembro.
Questionado sobre o que representava para o PT, que sempre foi
crítico do Fundo, assinar seu primeiro acordo com a instituição,
Palocci deu a entender que o Fundo havia mudado suas posições.
"O que fizemos questão, desde o
primeiro dia de diálogo com o
Fundo, foi ter uma relação de extrema transparência. Nós temos
tido uma visão positiva de que cabe ao Brasil desenvolver suas políticas", afirmou o ministro.
"As políticas devem ser de propriedade dos governos", disse a
representante do Fundo, Anne
Krueger. Ela também afirmou
que o Fundo tem parcerias com
vários países cujos governos são
"trabalhistas de esquerda". "A
gente não olha para essa questão."
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