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São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2003

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Decisão é do governo, diz ministro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

"A decisão de fazer o acordo já foi tomada pelo governo", disse o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, ao anunciar, no início da noite, as principais diretrizes do entendimento com o FMI.
Explicando que falou com Lula nos dois últimos dias por telefone e que o presidente, que está na África, conhecia "as bases" do novo entendimento, Palocci disse que conversará com ele na próxima semana para informá-lo sobre os detalhes do acordo.
Palocci fez questão de enfatizar que o anúncio de ontem era apenas a proposta que o Brasil apresentou ao FMI e que o acordo definitivo deverá ser aprovado antes pela diretoria da instituição. O trâmite burocrático para assinatura definitiva do pacote só deve acontecer de fato em dezembro.
Questionado sobre o que representava para o PT, que sempre foi crítico do Fundo, assinar seu primeiro acordo com a instituição, Palocci deu a entender que o Fundo havia mudado suas posições.
"O que fizemos questão, desde o primeiro dia de diálogo com o Fundo, foi ter uma relação de extrema transparência. Nós temos tido uma visão positiva de que cabe ao Brasil desenvolver suas políticas", afirmou o ministro.
"As políticas devem ser de propriedade dos governos", disse a representante do Fundo, Anne Krueger. Ela também afirmou que o Fundo tem parcerias com vários países cujos governos são "trabalhistas de esquerda". "A gente não olha para essa questão."


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